Com consumo em alta, paranaenses devem gastar mais de R$ 539 bi em 2025; veja os principais gastos

Itens básicos, como habitação, são prioridade, mas categoria de veículo próprio também deve comprometer uma boa parcela do orçamento familiar

Rodolfo Luis Kowalski
CENTRO CIVICO

Gastos com habitação e veículo próprio são os que mais "comem" o orçamento familiar dos paranaenses (Foto: Franklin de Freitas)

As famílias paranaenses deverão gastar cerca de R$ 539,14 bilhões ao longo deste ano. É o que revela o anuário IPC Maps 2025, especializado há mais de 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional. Na comparação com o ano anterior, quando os consumidores movimentaram R$ 493,6 bilhões, a expectativa é de um crescimento de 9,2%. Isso permitirá ao Paraná manter o posto de quinto maior mercado consumidor de todo o país. O estado é responsável por 6,6% do consumo nacional, estimado em R$ 8,15 trilhões para 2025.

Analisando o panorama brasileiro, Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, aponta que a “melhoria dos níveis de emprego com carteira assinada proporcionou uma garantia de renda ao trabalhador, refletindo diretamente na escalada dos valores de consumo”. Isso explicaria porque, mesmo com a elevada taxa de juros e a alta da inflação, o cenário é de otimismo para o consumo.

Habitação, veículo próprio e alimentação são os principais gastos

Com relação aos hábitos de consumo, as preferências dos consumidores na hora de gastar seu dinheiro continuam sendo para a categoria de veículo próprio, cujas despesas devem somar R$ 73,07 bilhões em 2025, comprometendo 13,6% do orçamento familiar dos paranaenses.

Ainda assim, os itens básicos são prioridade. Prova disso é que 21% dos desembolsos (R$ 113,26 bilhões) destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás). Na sequência, com 20,8% (ou R$ 112,4 bi) aparece a categoria “outras despesas”, que inclui serviços em geral, reformas e seguros, entre outros.

Os gastos com alimentação no domicílio, por sua vez, podem chegar a R$ 41,32 bilhões (7,7%). Além disso, os paranaenses também devem gastar outros R$ 19,39 bilhões com alimentação fora do domicílio, o equivalente a 3,6% do orçamento familiar. Outras despesas relevantes ainda são os gastos com materiais de construção (2,97% ou R$ 15,99 bilhões), medicamentos (2,6% ou R$ 14,13 bilhões), educação (2,57% ou R$ 13,87 bilhões) e higiene e cuidados pessoais (2,5% ou R$ 13,5 bilhões).

Curitiba está entre os principais mercados do país

Entre os municípios paranaenses, Curitiba é o principal destaque. Com um potencial de consumo avaliado em R$ 107,32 bilhões, a capital paranaense se destaca como o quinto maior mercado do país. Fica atrás apenas de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). Os principais gastos dos curitibanos seriam com “outras despesas” (R$ 27,88 bilhões). Habitação (R$ 22,56 bilhões), veículo próprio (R$ 15,97 bilhões), alimentação no domicílio (R$ 8,16 bilhões), alimentação fora do domicílio (R$ 4,19 bilhões), materiais de construção (R$ 3,56 bilhões) e educação (R$ 3,21 bilhões) aparecem na sequência.

Além da Capital, outros destaques do Paraná são as cidades de Londrina e Maringá. Com potenciais de consumo de R$ 30,32 bi e R$ 22,99 bi, os municípios na região norte do estado ocupam a 32ª e 46ª posição no ranking nacional. Na sequência aparecem ainda as cidades de Cascavel, no oeste paranaense (com R$ 17,89 bi e o 57º lugar no país); Ponta Grossa, nos Campos Gerais (com R$ 17,39 bi e o 63º lugar); São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (com R$ 16,19 bi e em 73º); e Colombo, também na RMC (com R$ 11,38 bi, em 118º).