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Com foco na competitividade, Paraná reduz ICMS para erva-mate Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

O Paraná reforça sua posição como o maior produtor de erva-mate do Brasil, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado responde por quase metade de toda a produção nacional e vem registrando um crescimento expressivo de 5,2% entre 2023 e 2024, superando com folga os demais estados do Sul, onde a cultura também tem forte valor econômico e cultural.

A erva-mate, base do tradicional chimarrão e do tererê, é uma das atividades agrícolas mais relevantes da economia paranaense, responsável por gerar renda e empregos em diversas regiões. Os municípios de Cruz Machado e São Mateus do Sul se destacam como líderes da produção estadual, com 88 mil e 63 mil toneladas, respectivamente.

Ao todo, dez cidades do Paraná concentram 47% da produção nacional, consolidando o Estado como referência no cultivo e processamento da planta que é símbolo da cultura sulista.

A extração de erva-mate, que se concentra na Região Sul, gerou o segundo maior valor da produção entre os produtos não madeireiros em 2024, com R$ 522,8 milhões.

O fortalecimento da erva-mate é um dos assuntos tratados no Boletim Conjuntural da Agropecuária, produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e divulgado nesta quinta-feira (16).

O boletim traz ainda outros destaques do setor. Outra atividade que continua em alta no Paraná é a suinocultura. Neste primeiro semestre o Estado registrou a produção de 612,4 mil toneladas de carne suína, segundo a pesquisa Trimestral do Abate de Animais do IBGE. Desse total, 85% foram processados em frigoríficos de inspeção federal (SIF), 14,3% em estabelecimentos com inspeção do Estado (SIP) e 0,7% em abatedouros de inspeção municipal (SIM).

Comparando-se com igual período do ano passado, o Paraná foi o que apresentou o maior crescimento absoluto na produção de carne suína em frigoríficos SIF – de 12,2%. Esse crescimento atendeu a demanda interna e externa e reforçou o papel dos grandes frigoríficos paranaenses na expansão da oferta desta carne no mercado.