SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta (13) que não houve decisão do governo em votar a reforma da Previdência somente em fevereiro de 2018. Segundo o ministro, o anúncio do senador Romero Jucá (PMDB-RR), de que os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado acordaram em votar a reforma no início do próximo ano, é uma opinião. As informações são da Agência Brasil.
O senador Romero Jucá, inclusive acabei de falar com ele, expressou a sua opinião de que ele acha isso uma solução viável e possível que ocorra. Evidentemente que isso não é uma decisão ainda. Continuamos trabalhando e temos como objetivo votar o mais rápido possível. Se possível ainda, de fato, na semana que vem, disse no início da noite após fazer uma palestra em um evento na capital paulista. A opinião dada pelo senador é respeitável, ele é um líder, de fato, de muita experiência e de muito bom senso. Deu a opinião, mas evidentemente que ele não está na Câmara. É uma opinião válida que será levada em conta, mas não há essa decisão no momento, acrescentou.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá afirmou que foi firmado um acordo entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que a votação da reforma da Previdência ocorra somente em fevereiro de 2018, após o fim do recesso parlamentar. Inicialmente, a perspectiva de Rodrigo Maia era marcar nesta quinta-feira (14) a data de início da apreciação da reforma da Previdência pelo plenário da Casa.
Para ser aprovada, a matéria precisa do apoio de pelo menos 308 votos deputados, em dois turnos. Não houve uma reunião da base para discutir isso [data de votação da reforma da Previdência] inclusive não houve uma reunião com o presidente [da República, Michel Temer], porque o presidente inclusive está em São Paulo. Ele [Jucá] adiantou a posição dele inclusive com finalidades lá de encaminhar a questão da discussão do orçamento, mas isso será avaliado com cuidado nas próximas horas e nos próximos dias, reforçou Meirelles.