Especialistas do Centro de Controle de Zoonozes e da Municipalidade de Puerto Iguazú (Argentina) visitaram ontem pela manhã, as instalações do aterro sanitário de Foz do Iguaçu.

Os profissionais conheceram o sistema de funcionamento e o modelo de reciclagem implantado no local. A idéia é coletar o máximo de informações possíveis para montar o mesmo processo na cidade portenha.

O projeto do aterro de Foz e os mecanismos utilizados pelo programa Coleta Solidária servirão de espelho para o governo vizinho implantar o sistema de reciclagem.

Hoje, Puerto Iguazú não tem aterro sanitário para destinar o lixo produzido pelos moradores do município. Todo material descartado é levado para um ‘lixão’ onde perto de 300 pessoas, entre adultos e crianças, sobrevivem do lixo despejado no local.

Para instalar o projeto, a cidade argentina obteve crédito da ordem de três milhões de pesos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que serão destinados exclusivamente ao programa. 

Respaldo – Os especialistas argentinos souberam do modelo do aterro sanitário em funcionamento em Foz do Iguaçu através da Itaipu Binacional, que tem atuado na região para divulgar projetos considerados ecologicamente corretos.

“Soubemos do programa através da Itaipu que fez uma exposição em nossa cidade. Nos interessamos e entramos em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de Foz”, destacou Feliciano Coronel, chefe da Área de Saneamento Ambiental de Puerto Iguazú.

 

O Coleta Solidária engloba hoje perto de 300 agentes ambientais em Foz do Iguaçu, segundo informou Romildo Rocha, gestor do programa. Os catadores de material reciclável atendem em quase todas as áreas do município.

Eles utilizam nove centros de triagem espalhados pela cidade para selecionar o material recolhido para depois revendê-lo. A Prefeitura de Foz, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, presta assessoria técnica aos trabalhadores.

Os agentes recebem orientação para comercializar os produtos, administrar os centros de triagem e sobre o atendimento oferecido à população.

Os serviços funcionam em sistema de cooperativismo. “Nosso trabalho também tem como objetivo conscientizar a população para separar de maneira adequada o lixo produzido em suas casas”, explicou Romildo Rocha.