Suspeito de integrar PCC é alvo do Gaeco no Paraná; bens de R$ 18 milhões são penhorados

Editada por Ana Ehlert
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Ministério Público (Foto: Reprodução/ MPPR)

Um homem suspeito de se integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi alvo nesta manhã de terça, 1º de julho, de operação do Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Investigações Sensíveis da Polícia Federal de Cascavel.

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Também foi determinada a penhora de R$ 10 milhões procedentes de contas de investigados, além do sequestro de imóveis de alto padrão situados em Foz do Iguaçu, Cascavel e no litoral catarinense, avaliados em aproximadamente R$ 7 milhões, e a apreensão de três veículos de luxo, cujo valor total supera R$ 1 milhão.

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Ainda foram executados quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Foz e Cascavel, no Oeste do estado, e Balneário Camboriú, em Santa Catarina, dirigidos ao investigado principal e a familiares que seriam utilizados como “laranjas” para a prática dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, com o objetivo de apreender aparelhos celulares, equipamentos eletrônicos, documentos, valores em espécie e outros objetos de interesse da investigação.

As ordens judiciais foram cumpridas no âmbito da Operação Flaunting, que busca desarticular as redes de apoio financeiro e logístico a facções criminosas atuantes na região de fronteira.

Suspeito responde por tráfico de drogas e armas pelo PCC

O principal investigado possui longo histórico criminal, com condenação definitiva pela 2ª Vara Criminal de Maringá a pena de 20 anos e 2 meses de reclusão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Atualmente, ele responde a novo processo no Juízo da 1ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse irregular de arma de fogo e munições, além de lavagem de dinheiro.

Em março de 2017, o investigado foi preso em Cidade do Leste, no Paraguai, em posse de documentos falsos, armas e mais de US$ 60 mil, além de dois automóveis. Após ser extraditado para o Brasil, iniciou o cumprimento da pena na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu, sendo posteriormente transferido, em razão de sua periculosidade, para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, de onde saiu em janeiro de 2022.

A palavra inglesa flaunting significa ostentar, exibir de forma ostensiva e provocativa, sem qualquer disfarce ou vergonha. Essa escolha simboliza o comportamento do investigado que, mesmo envolvido em crimes graves como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, mantinha uma vida de luxo e ostentação flagrante.

Qualquer pessoa que tenha denúncias e informações sobre a atuação de grupos criminosos pode entrar em contato com o Gaeco de Foz do Iguaçu, pelo telefone (45) 3308-1344 e pelo e-mail: gaeco.foz@mppr.mp.br.