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O Hospital Marcelino Champagnat,em Curitiba, também ‘fechou’ para novos pacientes desde a manhã desta quarta (3) por causa da alta demanda de casos de Covid-19.  O bloqueio é para quaisquer atendimentos médicos, ou seja para pacientes com sintomas de covid-19 e outras queixas.

É o segundo hospital da rede particular da capital paranaense que suspende novos atendimentos nesta semana. Na terça (2), o Hospital Nossa Senhora das Graças também chegou à lotação máxima de pacientes e suspendeu o recebimento de novos pacientes.  “O Hospital Marcelino Champagnat informa que, devido ao aumento expressivo do número de casos de Covid-19 na cidade de Curitiba, o Pronto Atendimento está atuando com uma alta demanda, com fluxo de ocupação oscilando muitas vezes ao longo do dia.Em alguns momentos, o serviço atinge a capacidade máxima instalada e, por esse motivo, o atendimento precisa ser suspenso por algumas horas. Como esse é um processo dinâmico, para facilitar o acesso à informação em tempo real, as equipes têm atualizado a situação do Pronto Atendimento no site do hospital (https://www.hospitalmarcelino.com.br/)”, diz nota do hospital encaminhada à redação do Bem Paraná.  “Por fim, reiteramos a importância de as pessoas procurem o hospital apenas após essa verificação e em casos graves, para não sobrecarregar o sistema de saúde. Em casos mais leves, os pacientes devem procurar os consultórios médicos (com horário agendado) ou demais serviços disponíveis”.

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A situação continua crítica na rede pública de hospitais com leitos exclusivos de Covid-19. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde da terça (2), três hospitais da Grande Curitiba estão com lotação máxima nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs): Hospital Evangélico, Hospital do Trabalhador e Hospital de Reabilitação. No Outros dois hospitais do SUS estão sem vagas em enfermarias: Hospital Erasto e Hospital do TrabalhadorEraso, Hospital do Trabalhador. De acordo com levantamento, restam 36 vagas livres em UTIs no atendimento exclusivo para Covid-19. A fila de pacientes à espera de um leito em todo o Paraná está cm 699 pessoas, sendo 246 na Grande Curitiba.

A taxa de uso dos 383 leitos de UTI SUS exclusivos em Curitiba está em 93%.

“É uma situação de guerra”

“É uma situação de guerra e de extrema excepcionalidade”, revelou o diretor-geral do Complexo do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Junior, em entrevista ao Bem Paraná na última segunda (1).“E infelizmente, deve piorar porque ainda não se passaram duas semanas do Carnaval”, disse ele, citando os casos de aglomeração registrados no período.  O diretor-geral alertou que nessa onda de Covid-19 não há mais grupo de risco. Ele ressalta que é importante que ‘as pessoas saibam que não temos como cuidar de quem não se cuida’. “Não temos mais leitos, não temos mais médicos, não temos mais profissionais para atender os doentes que estão chegando”, diz.