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Jorge Guaranho invadiu festa de aniversário e matou tesoureiro do PT (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A Justiça suspendeu o julgamento do ex-policial penal Jorge Guaranho, que estava marcado para a próxima quinta-feira, 2 de abril, em Foz do Iguaçu. O policial é acusado de matar Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, durante a própria festa de aniversário. O crime aconteceu em 2022.

A liminar acata um pedido da defesa do réu, que alegou que o julgamento deve ser realizado em outra comarca, preferencialmente, fora da região oeste do Paraná, ou, no mínimo, em comarca localizada a mais de 200 km de Foz do Iguaçu. O motivo, segundo a defesa, é a influência de Marcelo Arruda e das pessoas ligadas a ele.

A vítima era guarda municipal e diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Foz do Iguaçu, sua companheira, Pamela Suellen Silva, possui um cargo na Itaipu Binacional, e o corpo de jurados é composto por sete funcionários da Itaipu e 21 funcionários municipais de Foz do Iguaçu. O desembargador substituto Sergio Luiz Patitucci assinou a liminar sob alegação de que a ligação poderia influenciar na decisão dos jurados.

O julgamento havia sido adiado no início de abril após terem negados pelo juízo uma série de pedidos, entre eles a liberdade provisória do assassino. Na ocasião, os advogados se retiraram do júri.

Recurso

O advogado da assistência de acusação, Daniel Godoy Junior, afirma que cabe recurso e a assistência de acusação tomará a decisão em conjunto com a família da vítima. “Quanto à decisão da suspensão do júri, entendemos que a repercussão do crime e seu alto grau de reprovação social, com manifestação de setores da sociedade dos mais variados espectros políticos contra a intolerância política, indicam, independentemente do local onde se realize o julgamento, que, com o largo conjunto probatório, o provável juízo condenatório do réu”.