
Centenas de manifestantes marcham pelas ruas de Curitiba nesta manhã de segunda-feira, 3 de junho. Eles são contra a terceirização da gestão das escolas públicas do Paraná. A concentração foi na Praça Santos Andrade. O protesto reúne professores, servidores e estudantes que saíram da Praça Santos Andrade, no Centro, por volta das 10 horas em direção à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Pela Avenida Marechal Deodoro os manifestantes iniciaram a marcha contra o projeto de lei que terceiriza a gestão das escolas públicas estaduais do Paraná.
Por volta das 11 horas, os manifestantes chegaram à Avenida Cândido de Abreu, em frente ao Shopping Mueller. A estimativa é de que o protesto reúna cerca de cinco mil pessoas na região do Centro Cívico, local onde fica a sede da Alep e do Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná.
O projeto que cria o Programa Parceiro da Escola está na pauta das discussões da Casa desta segunda e tramita em regime de urgência. Os deputados tentaram parar o projeto com uma ação no Tribunal de Justiça do Paraná. Contudo, o mandado de segurança foi negado.
Tribunal de Justiça nega pedido de suspensão de projeto que terceiriza gestão das escolas no Paraná
Greve dos professores
Os professores da rede estadual aprovaram greve a partir desta segunda (3) contra a proposta do governo, que tem votação em plenário prevista para o mesmo dia.
Projeto polêmico
A secretaria de Estado de Educação alega que o programa Parceiro da Escola, apontado como motivo da greve, foi concebido justamente para apoiar os diretores. “Como o nome informa, ele prevê uma parceria. Ele tem o objetivo de permitir que os diretores se dediquem apenas às atividades pedagógicas para promover um aprendizado ainda maior dos estudantes da rede”, diz nota da Secretaria.
Para a APP-Sindicato, no entanto, a proposta “representa a privatização e o fim da escola pública”. Algumas das consequências, verificadas em duas escolas que já foram privatizadas, a Anibal Khury Neto de Curitiba e Anita Canet de São José dos Pinhais, são que professores PSS terão seus contratos rescindidos e perderão o emprego. Além disso, ainda de acordo com a APP, os novos professores contratados pela CLT poderão ser demitidos a qualquer momento, pelos mais diversos motivos.
Casa fechada
A entrada de pessoas à Alep foi fechada às 11 horas desta manhã de segunda-feira, 3 de junho. A medida foi adotada em obediência a determinação do presidente da Casa, o deputado estadual Ademar Traiano (PSD). A restrição à entrada foi comunicada aos parlamentares.
No entanto, funcionários e autoridades poderão passar pelos portões da Alep. A medida é preventiva, pois a Alep foi informada pela Polícia Militar que mais de 50 ônibus saíram do interior para Curitiba.
A manifestação é em virtude do início da votação do projeto “Parceiro da Escola” — que prevê a terceirização da gestão administrativa de 200 escolas públicas do Paraná. A estimativa é que até 5 mil manifestantes se concentrem à frente do prédio da Assembleia.