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Foto: Divulgação Pequeno Príncipe/ Assessoria

O Hospital Pequeno Príncipe ainda contabiliza os danos causados por uma explosão, seguida de um incêndio, ocorrida na manhã de ontem (31 de outubro), em seu Ambulatório de Oncologia, Hematologia e Transplante de Medula Óssea (TMO). O espaço, com recepção, quatro consultórios, posto de enfermagem, dois leitos para procedimentos, duas salas de isolamento e equipado com 16 poltronas, além de diversos insumos e equipamentos, foi totalmente destruído pelo fogo.

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A unidade funcionava diariamente a partir das 8h para atender crianças e adolescentes que precisam realizar consultas e procedimentos ambulatoriais como quimioterapia – quando não há necessidade de internamento. No momento da ocorrência, por volta das 7h30, não havia crianças e familiares no local.

Um colaborador sofreu queimaduras na parte inferior da perna direita durante o incidente e foi encaminhado para a emergência de um hospital de Curitiba, após receber os primeiros cuidados ainda no Pequeno Príncipe. Ele segue estável, mas sem previsão de alta.

Dos outros sete profissionais que atuavam em áreas próximas ao local atingido pelo fogo e que relataram desconforto respiratório, apenas um continua internado em observação em outro hospital. Os demais receberam atendimento e foram liberados.

A atuação da Brigada de Emergência da instituição foi fundamental para que o incêndio não se alastrasse. As demais equipes também se empenharam para organizar os espaços atingidos e realocar os atendimentos.

Um espaço provisório foi organizado para garantir atendimento e acolhimento dos pacientes e suas famílias no sexto andar do Hospital. “Nosso Serviço de Oncologia é um dos mais antigos do Brasil, tem 55 anos de atendimento ininterruptos às crianças e suas famílias. Nunca parou, não parou com esse incidente e não vai parar. O Hospital está funcionando em sua plenitude. Nenhum dos serviços foi paralisado e todos continuam com a mesma qualidade e eficiência”, explica a diretora-executiva do Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.

Doações

Desde ontem, a instituição tem recebido inúmeras manifestações de apoio. Filantrópico, o Pequeno Príncipe sempre contou com o apoio da comunidade para assegurar assistência de qualidade, humanizada e com equidade para crianças e adolescentes de todo o Brasil. E para quem deseja contribuir para a superação de mais esse desafio, o Hospital criou um canal de doação específico: https://conteudo.doepequenoprincipe.org.br/reconstrucao-hematoonco-ddo-ficha.

“Agradecemos muito toda a comunidade que nos apoia e reiteramos que contarmos com vocês é imprescindível para fazermos mais e agora reconstruir e melhorar o espaço”, diz a diretora.

O serviço

A instituição centenária atende cerca de 60% de seus pacientes via Sistema Único de Saúde. Na oncologia, são cem pacientes novos por ano. No momento, cerca de 500 crianças e adolescentes recebem assistência do serviço, que conta com equipe multiprofissional no acompanhamento. Por ano, o Hospital realiza seis mil atendimentos ambulatoriais e mais de 2,5 mil sessões de quimioterapia.

Já o Serviço de TMO, em pouco mais de uma década de atuação, já fez 468 transplantes. “Atendemos de bebês até adolescentes e jovens de 18 anos. É uma equipe muito comprometida, muito talentosa, e todos prezamos pela excelência técnico-científica. O atendimento é integral, com educação, cultura, presença familiar e integralidade no olhar”, explica Ety.

Sobre o Hospital

O Pequeno Príncipe é uma instituição sem fins lucrativos que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e tem 361 leitos, 68 deles de UTI. Em 2022, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, foram realizados cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro. E neste ano, o Pequeno Príncipe foi eleito, pelo terceiro ano consecutivo, o melhor hospital pediátrico da América Latina em um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.