Polícia Militar do Paraná desmente boatos após áudios em redes sociais citarem possibilidade de “jogo” e novos ataques

Rodolfo Luis Kowalski

Divulgação/Sesp

A Polícia Militar do Paraná (PMPR), por meio de sua assessoria de comunicação, esclareceu na tarde desta terça-feira (5 de abril) que áudios e vídeos que circulam em redes sociais e citam a possibilidade de novos atentados em escolas e creches pelo Brasil – inclusive no Paraná – não passam de boatos. Os relatos, que viralizaram depois de quatro crianças serem mortas num ataque com machadinha a uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, chegaram a gerar pânico na comunidade escolar, mas carecem de veracidade.

Em um dos áudios que começaram a ser compartilhados, uma mulher que se apresenta como enfermeira chega a dizer que o atentado em território catarinense seria parte de um “jogo” e que novos ataques estariam planejados para acontecer em diferentes localidades. Já um outro vídeo, que mostra um homem preso que é apresentado como o suspeito do ataque em Blumenau, cita que ele faria parte de um grupo que promoveria outros atentados.

Em seguida à viralização dos boatos, chegaram a circular também informações de que outra creche em Gaspar teria sido invadida por um homem armado com uma faca. A Prefeitura local, contudo, divulgou uma nota desmentindo o fato e ressaltando que, segundo orientações da Polícia Militar e da Polícia Civil de Santa Catarina, não há motivo para acreditar que o ataque em Blumenau não tenha sido um fato isolado. “Nenhuma unidade de ensino de Gaspar registrou ocorrências ou incidentes”, destacou o município.

No começo da tarde de hoje, o Bem Paraná também procurou a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Paraná, após a redação receber o áudio de uma mãe dizendo que não levaria eu filho para a escola hoje por ter recebido informações sobre a possibilidade de atentados em escolas paranaenses. A PM também ressaltou que a informação é falsa, apenas boato.

Questionada ainda sobre a possibilidade de vir a ser realizado algum tipo de ação ou operação especial para reforçar a segurança das instituições de ensino, a corporação ressaltou que o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária já atua em todos os locais e que recentemente foi colocado em prática o Programa de Segurança Avançado, que além de orientar professores e alunos, serve também para capacitação dos militares estaduais para atendimento de ocorrências no ambiente escolar.

No último mês, por exemplo, foram feitos treinamentos em escolas da rede estadual, numa ação organizada pela PM por meio de equipes do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e também pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação. O objetivo do projeto-piloto é preparar a comunidade escolar diante de possíveis situações de violência ou ameaças à segurança dentro das escolas, com direito a simulação de uma invasão real à instituição de ensino, para orientação sobre as medidas de emergência e os protocolos preventivos para garantir que alunos e professores saibam agir diante de possíveis ameaças, até que as forças de segurança sejam acionadas.