Após dois anos e 1.092 reclamações, a TIM foi proibida de realizar novos contratos de venda de produtos ou de prestação de serviços em Londrina, na região norte do Paraná. A decisão é do Núcleo de Proteção ao Consumidor (Procon) do município.

A decisão aponta ainda que, em caso de desobediência, a operadora será mutada em R$ 1 milhão, valor que leva em conta o faturamento de R$ 7 bilhões registrado pela empresa no primeiro trimestre.

Publicada na quinta-feira (8), a decisão tem como base a grande quantidade de reclamações. Desde 2011, foram 1.092, sendo que apenas 200 foram efetivamente resolvidas e extintas. Apenas no primeiro semestre deste ano foram registradas 181 reclamações, sendo que o índice de resolução das queixas é de apenas 18%.

Relatório emitido pela Gerência de Fiscalização aponta que das 892 pendências, 144 ainda não foram analisadas pela empresa, 455 estão em análise e 293 receberam apenas atendimento pré-telefônico.

A TIM também foi obrigada a publicar, em até três dias, a decisão do Procon nos jornais da cidade. Segundo o coordenador do órgão, Rodrigo Brum, a empresa utiliza a estratégia de tentar resolver suas demandas apenas quando há reclamação formulada ao Procon.

Entre os problemas mais frequentes, destacam-se: má prestação de serviço, propaganda enganosa e não cumprimento de oferta divulgada.