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A Sociedade Morgenau afastou nesta quinta (24) Wagner Cardeal Oganauskas, da presidência, e Marcos Antônio Ramon, da diretoria, após eles serem presos suspeitos pelo assassinato de Ana Paula Campestrini, 39 anos, na terça-feira (22), em Curitiba. Segundo nota publicada na página oficial do clube, Cleomir Luis Stella, atual presidente do Conselho Deliberativo. assume interinamente a presidência da sociedade. Organauskas é ex-marido de Ana Paula. 

Na nota emitida, o clube presta condolências aos amigos e familiares de Ana Paula, executada com 14 tiros na frente ao condomínio para onde havia se mudado recentemente, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. “Como primeiro ato, o presidente Cleomir nomeou um Comitê de Emergência para auxiliá-lo no objetivo de lidar com as situações e atividades tão complexas neste momento delicado e sem precedentes”, diz o comunicado. A direção ainda diz confiara na regular apuração do inquérito vigente e que acredita no legítimo levantamento dos fatos e que ao final a verdade e a justiça prevalecerá”. O informativo também ressalta que Sociedade Morgenau está colaboração com a investigação da Polícia Civil e esclarece que “o clube permanecerá com todas as atividades funcionando de forma plena, visando o bem-estar e a manutenção dos sócios e colabores que dewla dependem para o nosso amado clube”.

Investigação

Nesta quinta (24), os policiais civis também cumpriram cinco ordens de buscas em endereços relacionados aos suspeitos, onde foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos. O ex-marido de Ana Paula é investigado por ser o mandante do crime. O segundo indivíduo, é apontado como autor dos disparos.  Ambos têm passagens pela polícia. Eles devem responder por feminicídio.  

Durante as diligências, a PCPR apurou que a vítima tinha problemas com ex-marido desde a separação, há três anos, em relação a divisão dos bens, guarda dos filhos e outros assuntos pessoais. Além disso, o suspeito não aceitava o fato da ex-mulher ter pedido a separação para ter um relacionamento homoafetivo.

A PCPR ouviu testemunhas e analisou imagens de câmeras de segurança para identificar os envolvidos no feminicídio.  

Na ocasião do crime, a vítima foi induzida a ir até um clube recreativo fazer a carteirinha para ter acesso aos treinos dos filhos na unidade. Depois que saiu foi perseguida pelo atirador até a entrada do condomínio onde morava.  Chegando na residência foi abordada pelo homem, que a perseguiu em uma motocicleta. Quando Ana Paula abaixou o vidro do carro, o suspeito atirou aproximadamente 14 vezes contra o veículo da vítima.