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Câmara de Curitiba. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

A Câmara de Vereadores de Curitiba (CMC) aprovou nesta segunda, 30 de junho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. Com isso, o plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) concluiu as votações de projetos no primeiro semestre da 19ª legislatura e confirmou um orçamento recorde de R$ 15, 6 bilhões para Curitiba.

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A aprovação confiram que Curitiba terá um orçamento com uma estimativa recorde de receitas para o próximo ano, no patamar de R$ 15,6 bilhões. A mensagem foi aprovada em segundo turno unânime, com 31 votos favoráveis. A proposta agora será encaminhada para a sanção do Executivo.

Como Curitiba irá gastar o orçamento?

A LDO não é o Orçamento propriamente dito, e sim uma espécie de “lista de compras”, com as diretrizes de onde a Prefeitura de Curitiba planeja gastar os recursos públicos. As obras e outros investimentos são detalhados no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), votado no segundo semestre de cada ano.

Os R$ 15,6 bilhões representam um valor 7,5% superior ao Orçamento atual. Extraídas as despesas intraorçamentárias, o orçamento líquido, isto é, para pagar os serviços públicos ofertados à população, será de R$ 13,8 bilhões. As áreas que concentram a maior parte dos gastos, em 2026, são Saúde (21,63%), Previdência (21,04%), Educação (19,14%), Urbanismo (9,64%) e Administração (6,71%).

Também estão previstos R$ 1,070 bilhão em investimentos, mantendo o recorde de 2025. As despesas com pessoal custarão R$ 7,1 bilhões em 2026, o pagamento de dívidas demandará R$ 372 milhões (amortização, juros e encargos) e R$ 337,3 milhões são previstos para a reserva de contingência, isto é, a “poupança” para situações extraordinárias e as emendas parlamentares.

A primeira votação da LDO 2026, na sessão da última quarta-feira (25), também foi unânime, com 29 “sim” (013.00003.2025). Depois dos amplos debates da semana passada, a segunda discussão da LDO 2026 contou com os encaminhamentos dos líderes do governo e da oposição, respectivamente os vereadores Serginho do Posto (PSD) e Giorgia Prates – Mandata Preta (PT).

LDO prevê R$ 1 bilhão em investimentos

Serginho, primeiramente, elencou como destaques da peça orçamentária a previsão de mais de R$ 1 bilhão em investimentos em diversas áreas, como no transporte coletivo e meio ambiente, e as metas voltadas à educação e à saúde públicas. A execução do Orçamento, lembrou ele, depende da performance do Município na arrecadação de taxas e dos repasses da União e do Governo Estadual.

“Tudo compõe esta grande receita que está sinalizando para R$ 15,6 bilhões no próximo ano. Nós acreditamos que o prefeito tem feito um excelente trabalho no ponto de vista da organização da administração, mantendo o equilíbrio fiscal e realizando grandes obras para o Município. A LDO consolida o dia a dia do trabalho da administração”, concluiu.

Giorgia Prates agradeceu a aprovação das duas emendas da oposição, na semana passada, que ampliam as metas voltadas à saúde mental do funcionalismo público municipal e ao tratamento de zoonoses, em especial da esporotricose animal. “Nós temos que ficar atentos a tudo isso”, declarou a vereadora.

Além da líder, as proposições tiveram a coautoria de Angelo Vanhoni (PT), Camilla Gonda (PSB), Professora Angela (PSOL) e Vanda de Assis (PT). Com uma das emendas, a ação 2029, referente à execução de programas de saúde ocupacional, teve a meta alterada de 1 para 4, por meio da dedução de metas voltadas à promoção do turismo regional (302.00005.2025).

Já a outra emenda aumentou de 3 para 10 as metas da ação 2088, destinada ao “desenvolvimento de ações de monitoramento e controle da fauna urbana”. Neste caso, houve o remanejamento de metas de ações de marketing (302.00004.2025).