BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou nesta quarta-feira (4) o pedido de criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o reflexo da divulgação de pesquisas eleitorais no eleitorado.
O peemedebista considerou que não havia fato determinado que justificasse a abertura da apuração, um dos requisitos exigidos para a instalação de uma CPI.
A comissão foi proposta pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR) e teve o apoio de 171 parlamentares, número mínimo exigido para a apresentação de um pedido de CPI. Barros solicitava que a comissão aprofundasse investigações sobre a qualidade e confiabilidade da amostragem, da coleta dos dados e da avaliação dos resultados.
O deputado afirmava que seu objetivo não era investigar os institutos, mas o reflexo das sondagens no resultado das eleições.
Em linhas gerais, o deputado pedia que fosse investigada, a partir de 2000, a “metodologia de elaboração e divulgação de pesquisas eleitorais e seu reflexo no resultado das eleições […] para examinar as discrepâncias, contradições, distorções, erros e falhas verificados”.
Institutos de pesquisa argumentam que a iniciativa de propor uma CPI para investigar o impacto das pesquisas nas urnas é um equívoco, uma vez que o papel das sondagens é monitorar tendências, e não “acertar resultados na vírgula”. Na visão deles, ao fim a CPI serviria para constranger os institutos, ainda que políticos recorram a pesquisas frequentemente.