Sob tensão política e uma nova rivalidade em Copas do Mundo, Sérvia e Suíça se enfrentam nesta sexta-feira, às 16h, no Stadium 974, de olho na segunda vaga do Grupo G nas oitavas de final. A outra vaga da chave já foi garantida pelo Brasil na rodada passada. Camarões, rival da seleção brasileira, também tem chances de classificação.

Com três pontos em duas rodadas, a Suíça é quem tem a situação mais fácil para avançar às oitavas de final. Precisa apenas de um empate. Já a Sérvia, que está na lanterna, com um ponto, precisa necessariamente vencer e ainda contar com uma vitória do Brasil sobre Camarões.

Apesar das poucas chances de classificação, a Sérvia vai para a partida com força máxima, já que não há desfalques. O técnico Dragan Stojkovic está confiante e prometeu um futebol ofensivo na última rodada. “Sabemos que a Suíça é organizada e joga com nove jogadores num espaço pequeno, é difícil rompê-los, mas futebol é jogo de paciência, inteligência e drible. Muitos fatores podem decidir”, declarou. “Respeito esse futebol, mas não sou fã do jogo destruidor”, ressaltou.

Do outro lado, a Suíça tem alguns problemas para o duelo decisivo. O meia-atacante Shaqiri está se recuperando de uma lesão na coxa direita, que o tirou da derrota, por 1 a 0, frente ao Brasil. A presença dele, no entanto, foi bancada pelo treinador Murat Yakin. Sommer e Eveldi são dúvidas por conta de resfriados.

De qualquer forma, o comandante prometeu uma equipe ofensiva. “É importante que joguemos de forma dominante. Temos que controlar as emoções. A Sérvia é forte, mas também temos uma equipe forte e temos que trabalhar muito para chegar às oitavas de final. Tivemos muitas chances contra Camarões. Não foi tão fácil contra o Brasil. Este será um jogo completamente diferente. Temos que jogar ainda mais corajosamente e ofensivamente, então estou convencido de que teremos nossas chances”, projetou o técnico.

REVANCHE E TENSÃO
Para a Sérvia, a partida tem sabor de revanche porque as duas seleções se enfrentaram também na fase de grupos em 2018. Na ocasião, a Suíça ganhou de virada e eliminou o rival europeu com um gol nos minutos finais. Xherdan Shaqiri e Granit Xhaka marcaram os gols da vitória.

Na comemoração, ambos fizeram o símbolo de uma ave com as mãos, em referência à bandeira da Albânia. Os dois jogadores têm origem na Albânia e no Kosovo, ambos os países com relações diplomáticas bastante delicadas com os sérvios. A celebração dos gols gerou uma grande polêmica e a Fifa multou os dois atletas, pois proíbe manifestações políticas em jogos.