
No último páreo da próxima quinta-feira no Hipódromo do Tarumã, dedicado a produtos de 3 anos sem vitória, uma das associações mais antigas ligadas ao turfe será homenageada.
Depois de aniversáriar pela 83° vez no dia 04 de março, a Associação dos Cronistas de Turfe do Paraná recebe o nome da prova como reconhecimento de sua história, grandiosa muito mais pelas personalidades que fizeram parte dela.
Desde que Francisco Castellano Neto, Otacílio Reis, João Ribeiro, Pedro Stenghel Guimarães, Radamés Schiavon e Saul Lupion Quadros fundaram a instituição, lá em 1937, muita coisa se passou. Muitas boas e outras tantas más.
Claro que vários cronistas marcantes passaram pela ACTP. Poderíamos citar diversos nomes, contudo, para não ocorrer o equívoco do esquecimento, preferimos deixar para que a nossa memória se encarregue dos louros aos merecedores.
Também tivemos aventureiros, que tentavam “lucrar” com o turfe usando o nome da ACTP, o que não é admissível em qualquer tipo de associação. E estes que passaram sem deixarem saudades, talvez tenham corrompido o mercado da imprensa segmentada.
Muitos – arrogantes – gostam de rotular os cronistas como “mordedores”, se esquecendo que sem estes cronistas nem uma nota de rodapé em jornal existiria. Se esquecendo que em qualquer mídia são VENDIDOS espaços publicitários. A realidade do Brasil hoje em dia é que muitos não gostam do braço mais forte da democracia, a imprensa. Então difamar é a arma covarde utilizada.
Porém não são estas pequenezas que farão a ACTP parar, muito pelo contrário. Hoje as mídias segmentadas de todo o Brasil, mesmo com muito pouco apoio, estão cada vez maiores e cada vez mais fortes.
Pois a missão da crônica turfística não é escrever para os dirigentes dos clubes, para os associados e para os grandes proprietários. Muito pelo contrário! A missão da crônica turfística hoje é conversar com quem não sabe que as corridas de cavalos ainda existem. Mostrar para este público o quão é grandioso o esporte que amamos.
E agora falando em primeira pessoa, uma vez que hoje tenho a honra de presidir uma associação de 83 anos, “encho a boca” para dizer que isto está sendo cumprido à risca.
Nestes período a ACTP mostrou que existe vida na crônica turfística paranaense. Voltamos a estampar semanalmente um jornal impresso de Curitiba, este mesmo que escrevo agora, com um blog que fala do turfe brasileiro e que alcança mais de 50 mil visualizações por mês.
Voltamos a realizar uma festa para premiar e homenagear os melhores do turfe paranaense, com mais de oitenta pessoas presentes, muitas delas ícones do turfe das araucárias. O Prêmio Melhores do Turfe Paranaense foi um marco e mostrou que é possível unir todos – profissionais, dirigentes, criadores, proprietários e turfistas – e juntos podermos homenagear figuras históricas ainda em vida.
Colocamos no ar um spot noticioso na principal rádio de notícias de Curitiba, a CBN 90,3 FM. Não contentes com os 30 segundos diários, brigamos e conseguimos uma hora de programa DE TURFE na Rádio Cidade, que atinge 27 cidades no prefixo AM e mais todo o litoral paranaense pela 97,3 MHz FM. Sim, hoje atingímos mais de 50 cidades falando de turfe.
Acompanhando a modernização, hoje trabalhamos com este mesmo programa no formato de videocast, com imagens do estúdio (três câmeras) e os replays dos páreos que comentamos. Já falamos que este programa conta com três dos melhores cronistas do Brasil – Celson Afonso, Jair Balla e Marcos Rizzon – falando sobre o turfe em suas praças? Sim, e este programa só no Facebook atinge mais de mil visualizações a cada programa ou bloco postado. Para termos ideia da força desta plataforma, são mais de 100 mil horas assistidas em apenas três meses de programa.
Enfim, a ACTP está uma “menina” de 83 anos, louca por novos desafios. Então nesta semana de homenagem, queremos agradecer a quem ajuda e a quem critica, pois tanto um lado quanto o outro são combustíveis para nosso sucesso.
Parabéns a todos os associados ativos, Gerson Borges de Macedo, Palmiro Vaccari Neto, José Luis Lobo, Mário “Zuca” Marquez, Diego Lobo Telles, Carlos Cesar Carlindo, Cezar Augusto de Paula, Alessandro Reichel, Carlos Cesar Carlindo e Erick Cunha.
E parabéns a todos que passaram pelos 83 anos de história da ACTP. Não é nada fácil se reconstruir a cada geração de turfistas. Contudo, esta é a nossa missão para os próximos anos. Mostrar que a imprensa e a crônica são fundamentais para o crescimento do esporte.
Leopoldo Arthur Scremin – Presidente da ACTP.
ASSISTA O PROGRAMA TURFE NA CIDADE DESTA SEMANA.