Site JCPR por Porfirio Menezes

O Grande Prêmio Paraná 2019 não terá uma fêmea na pista. Grand Amiga, atual campeã da prova sofreu uma lesão e irá encerrar a campanha, não disputando a prova do próximo dia 22 de setembro. 

Ela vinha de uma vitória maíuscula no GP Duque de Caxias (G2), disputado no Hipódromo da Gávea. Por tudo que fez dentro das pistas, seu proprietário decidiu encaminhá-la para a reprodução, onde deverá ser coberta por Forestry. 

Se por um lado os fãs perdem por não poderem mais aompanhar esta grande craque nas pistas, por outro a criação nacional ganha muito. 

Ela é filha de Amigoni em Grand Entrance (Choctaw Ridge). Seu pai, desaparecido em 2016 deixou esponencial linha genética na criação brasileira, já que descendia diretamente de Danehill (Danzig). 

A mãe, que descende da matriz irlandesa Groupie (Great Commotion), em apenas três gerações corridas produziu dois ganhadores de provas graduadas. Número que pode aumentar se Holger vencer ao Clássico Governador do Estado (Listed) no dia 22.

Grand Amiga será um grande reforço para a criação do Haras Cifra. 

Campanha espetacular: 

Grand Amiga estreou relativamente tarde, já aos três anos (novembro de 2016). Depois de vencer duas provas de enturmação em quatro apresentações, experimentou a esfera clássica na Prova Especial Gastadora, chegando na segunda colocação.

Dali em diante começava uma linda história nas pistas. Venceu as duas preparatórias para o GP Osaf (G1), os GPs Luiz Olivira de Barros (G3) e Prefeito Fábio da Silva Prado (G2). Fez segundo na principal prova para fêmeas de Cidade Jardim, o GP Osaf (G1).

Reapareceu nos 2.400 metros do GP José Paulino Nogueira (G3), vencendo novamente. Correu na areia do Hipódromo do Tarumã por três vezes, onde venceu o Clássico Derby Paranaense (Listed), fez segundo na Taça Jockey Club do Paraná e por fim venceu o GP Paraná (G3) de 2018. 

Fez segundo no GP Bento Gonlçalves (G2), posteriormente desclassificada por ser encontrado em seu exame substância proíbida. Seu staff decidiu levá-la para cumprir campanha na Gávea, frente as melhores éguas do país. 

No Jockey Club Brasileiro ela estreou fazendo quarto no Clássico Antonio Carlos Amorim (Listed). Logo em seguida, perdeu uma carreira incrível no Clássico Marcos Ribas de Faria (Listed). 

Repetiu o placê no GP Henrique de Toledo Lara (G2) e, na principal prova para éguas do Brasil, o GP Roberto e Nelson Seabra (G1), chegou na terceira colocação à pescoço, depois de fazer todo o percurso pelo lado de fora. 

Seu batismo clássico na Gávea veio no GP Duque de Caxias (G2), onde derrotou algumas das melhores éguas do Brasil, como Grandeza, por exemplo. 

Era considerada a favorita do Grande Prêmio Paraná Jockey Plaza 2019, onde defenderia o título. Polivalente, vencendo dos 1.100 aos 2.400 metros, em provas graduadas na pista de areia e grama.

Sem a menor dúvida foi uma das melhores éguas paranaenses desta década. Que receba o descanço merecido e que, assim como sua mãe, daqui a alguns anos se destaque também como reprodutora de excelência. Foi um prazer acompanhá-la nas pistas.