
Na tarde deste domingo começaremos a conhecer os representantes brasileiros para o Gran Premio Latinoamericano Longines (G1). No Hipódromo da Gávea serão cinco competidores em busca da indicação carioca. Em Cidade Jardim a disputa será no próximo sábado e o vencedor do GP Linneu de Paula Machado (G3) garante a vaga.
E a paranaense Hassenah, de criação do Haras Palmerini e propriedade do Stud AML é a única égua que pode representar o Brasil na grande prova do calendário clássico da OSAF. Ela enfrentará sete competidores, todos machos.
Os inscritos além de Hassenah são Avião Sureño, Eleito, Kris Five, Mary Jane, Olympic Ipswich, Power-Quark e Rasgado de Birigui. Destes, quatro terão vantagem de peso, uma vez que ainda não completaram quatro anos (Avião Sureño, Mary Jane, Olympic Ipswich e Power-Quark).
Para o treinador de Hassenah, Luiz Roberto Feltran, a prova tem um campo equilibrado e difícil. No entanto, ele preparou a égua muito bem e acredita em uma grande apresentação da filha de Red Runner e Xterra (Sulamani).
“Ela correrá contra sete machos, sendo quatro potros que irão com pesos mais leves”, contou Beto Feltran. “Este cavalo do Haras Regina, o Olympic Ipswich é um grande adversário, mesmo baixando dos 2.400 metros para os 2.000. A Hassenah vem mantendo um nível de performance muito bom há um ano. O importante é ela chegar bem, viajar bem. Seus penúltimo trabalho foi muito bom, o último também, então agora é só embarcar para São Paulo.”
Plano B para ir ao Chile:
Mas caso algum contratempo aconteça e a égua da família Mattos Leão não consiga a vitória – e consequentemente a vaga para o Latinoamericano – existem outros planos. Como ela vem de excelente sequência de atuações, segundo Beto é provável que ela vá ao Chile para disputar o Longines Cup Carlos Campino (gr.II), em 1.800m na grama para éguas de 3 e mais anos. A bolsa desta prova é de U$ 72 mil.
“Há também no dia do Latinoamericano uma prova em 1.800 metros para éguas”, cotinuou Beto Feltran. “Então também temos o plano B. Caso exista espaço no palete do avião, já que irão um animal do Rio de Janeiro e um de São Paulo, poderímaos embarcá-la para correr a prova das éguas. Esta é uma ideia da equipe, mas estamos trabalhando e torcendo para correr o Latino.”
O Brasil já venceu por dez vezes a prova, com nove animais diferentes desde 1981, quando a mesma começou a ser realizada. Entre os vencedores o paranaense bicampeão Much Better, além dos espetaculares Dark Brown, Duplex, Derek, Old Master, Falcon Jet, Jimwaki, Hot Six e Some in Tieme.
Destes, apenas Dark Bown (1981 – Maroñas), Duplex (1982 – San Isidro) Much Better (1994 – La Plata) e Jimwaki (1998 – San Isidro) venceram fora do Brasil. Nos últimos dois anos venceram os argentinos Sixties Song e Roman Rosso.