Lembro de quando trabalhava na redação de um canal de esportes, existia uma discussão sobre utilizar o termo “golaço” em narrações. Na época, o coordenador esportivo acreditava que se todos classificassem gols bonitos como “golaços”, se desvalorizaria o termo. 

No turfe também já vi discussões acaloradas sobre o tema. Alguns pensam que chamar um cavalo diferenciado de craque desmerece o termo, que talvez tenha que ser utilizado apenas para os “fora de série”. Discussão esta que consumiria algumas grades de cerveja, muitas risadas e, com certeza, nenhum denominador comum ao final dela. 

Pois bem, esta introdução serve para falar de um animal que vem encantando todos. Desde seua estreia, quando derrotou Temperatura Máxima e Nina Mouskouri no Tarumã, o castanho Takashi vem acumulando vitórias. 

Hoje, na Prova Especial Marcos Polacow, o crioulo do Haras Santarém emplacou a sétima vitória consecutiva, se mantendo invicto. Como em todas as outras vezes, com exceção da sua terceira vitória na campanha, em nenhum momento se viu ameaçado. 

Na largada por alguns segundos não foi o ponteiro, já que Marumby forçara muito pelo externo da pista. O que não adiantou, já que Antonio Mesquita e seu Takashi fizeram questão da ponta. 

E assim foi o ritmo até a entrada da reta. Takashi com dois corpos para Marumby, com Symbolus e os demais a seguir. Veio o tiro direto e, quando Mesquita ajustou as rédeas, o páreo se encerrou ali. Não dando torcida para quem apostou contra a “poule de 10” da prova. 

A diferença para o segundo, Symbolus, foi de 2 3/4 corpos. A seguir chegaram Marumby, Hacedor e El Thuran. Filho de Pioneering e Iced Whisky (Redattore), ele pertence ao Stud Forza 3. 

Ao cruzar o disco, mais um motivo para a manchete: o tempo de 1’02″343 para os 1.100 metros na pista de areia macia ficou a apenas 96 centésimos do atual recorde da distância, que pertence ao animal Volly desde 2012. Realmente um “TaCRAQUE”.