
A milha do Festival Jose Pedro Ramirez foi absolutamente toda brasileira. Disputado em 1.600 metros na pista de areia, o Gran Premio Pedro Piñeyrua (G1) foi vencido de maneira sensacional por Fitzgerald, brasileiro criado pelo Haras Santa Maria de Araras e recriado pelo Haras Don Juan.
Mas esse não foi o maior feito da criação brasileira, dos seis primeiros colocados cinco foram animais criados no Brasil, sendo que o potro Jaffar, terceiro colocado foi enviado do Jockey Club do Paraná para correr no Uruguai. Treinado por Antenor Menegolo Neto, o castanho é de criação do Haras Springfield e de propriedade do Stud Beleza.
Fitzgerald não deu a menor chance aos adversários, correndo em segundo na primeira metade do percurso e assumindo a ponta na entrada da reta. Sinabung, criado no Paraná pelo Haras Santarém melhorou bastante na entrada da reta e até tentou dar carga no ponteiro, mas sem nenhum sucesso.
O que chamou a atenção foi a apresentação do potro Jaffar, vencedor do Clássico Governadora do Estado (Listed) e segundo colocado na Pegasus Brasil 2018. O potro que viajou de Curitiba ao Uruguai correu muito bem, mesmo com o percurso adverso e fazendo a curva pelo externo da pista.
Na quarta colocação o único animal que não é brasileiro entre os seis primeiros, Magic Jones. A seguir o lindo Gauche, criado no Paraná pelo Haras Santa Rita da Serra e Almoradi, paulista criado pelo Haras Calunga e d propriedade do Stud Crespi.
Fitzgerald é um filho de Put it Back e Via Jet (Wild Event). Ele defendeu a farda vencedora do Stud La Fe, que há pouco tinha nas pistas o craque Gandhi di Job. Luis Cáceres foi seu jóquei e Jorge Firpo o apresentou em excelente forma. Ao vencer, Fitzgerald ficou a apenas 13 décimos do recorde da distância.