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STJ decide que companhias aéreas podem recusar embarque de animais de suporte emocional

Ministra relatora argumentou falta de regulamentação da questão

Redação Bem Paraná com Agência Brasil
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Empresas aéreas não são obrigadas a transportar na cabine do avião animais de suporte emocional, e isso tanto em voos nacionais como em voos internacionais. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento realizado nesta quarta-feira (14 de maio) pela Quarta Turma da Corte. Os detalhes do caso não foram divulgados porque o processo está em segredo de Justiça.

Animais de apoio emocional são aqueles que auxiliam pessoas com deficiência ou transtornos mentais. Conforme a decisão, diante da falta de lei específica, as companhias aéreas podem recusar o embarque de pets que não estejam nos padrões especificados pelas próprias empresas, como peso e altura.

Durante o julgamento, a ministra Maria Isabel Galotti, relatora do caso, disse que não é possível comparar o transporte de cães de suporte emocional e de cães-guia.

Para a ministra, a admissão de embarque de animais fora dos padrões estabelecidos pelas companhias coloca em risco a segurança dos voos e dos demais passageiros.

“Não há como comparar cães de suporte emocional, que não são regulamentados no Brasil, a cães-guia, os quais passam por longo e rigoroso treinamento, conseguem controlar suas necessidades fisiológicas, tem identificação própria, afim de dar suporte a pessoas com deficiência visual nos termos da lei”, afirmou.

O voto foi acompanhado por unanimidade.