Cave Colinas de Pedra: um pequeno paraíso de espumantes

Aqui a cave dentro do túnel (foto RS Comunicação)

Perto de Curitiba existem opções de passeios bem especiais. Um deles é a Cave Colinas de Pedra, que fica em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. O lugar é lindo e exótico, além de produzir vinhos de muita qualidade.

Litorina que em breve será um wine bar (foto SM)

A história começou em 1999, quando o empresário Ari Portugal, idealizador e fundador da Cave Colinas de Pedra, comprou uma área de 45 hectares aos fundos da Estação Ferroviária de Roça Nova, em Piraquara (PR), para em princípio criar uma pousada ecológica. No ano seguinte, uma nova oportunidade surgiu, e o empresário arrematou em leilão público a estação, o túnel ferroviário desativado, localizado a 140 metros da estação, e uma litorina sucateada. Com o tempo o projeto da pousada mudou. Hoje, a estação ferroviária dá lugar a um charmoso restaurante. O túnel ferroviário virou uma cave de maturação de espumantes. E a litorina será em breve promovida a wine bar.

Entrada do túnel (foto SM)

Nos fins de semana, a Cave recebe grupos para passeios guiados. Todos são recepcionados por Rafaelle Portugal, administrador da cave e filho de Ari. A primeira parada é o túnel, datado de 1883, que está incrivelmente conservado e restaurado. Na entrada, os visitantes são levados num carrinho elétrico até a primeira porta, que guarda os vinhos.

Carrinho elétrico para vencer a distância dentro do túnel (foto SM)

Entrando na cave, a sensação é de estar em outro mundo. Com temperatura que gira de 16º a 17º C o ano todo, os vinhos ficam armazenados aguardando o tempo certo para serem finalizados ali mesmo. Dentro do túnel, Ari Portugal dá uma verdadeira aula sobre produção de espumantes, em todas as fases. Isso leva cerca de uma hora. Como dentro da cave é frio, é recomendável sempre levar um casaco. Depois vem a degustação, ali mesmo. Uma delícia!

Ari Portugal e a porta que separa as áreas de guarda dos vinhos (SM)

A Cave Colinas de Pedra não planta e produz: isso cabe à respeitada vinícola Cave Geisse, localizada no Rio Grande do Sul. De lá, os vinhos chegam ao túnel já engarrafados, e permanecem por no mínimo 24 meses maturando, ganhando complexidade. Depois passam pelo processo de Dégorgement, para retirada das leveduras, são fechados e rotulados com a marca da casa, a Tunnel. Atualmente o Tunnel é oferecido nas versões Nature, Brut, Extra Brut, Brut Rosé, Moscatel e Moscatel Rosé.

Mesa de degustação

Ari Portugal serve os vinhos após uma ótima explanação sobre espumantes (foto Felipe Almeida)

Sala de degustação, com a mesa ao fundo (foto SM)

Saindo do túnel, a pedida é ir direto para o almoço. A cozinha está a cargo de Rose Mari, esposa de Ari. A proposta é bem interessante: queijos, bruschettas, saladas e pratos quentes, tudo em pequenas porções. Assim o visitante pode provar e repetir o que quiser, à vontade. Tudo, é claro, acompanhado pelos bons vinhos da casa. Minha sugestão é fazer tudo com calma e curtir o almoço tarde adentro. De preferência, cercado da família e de bons amigos.

Loja do restaurante, para quem quiser adquirir os vinhos da casa (foto SM)

Restaurante da Cave (foto SM)

Pratos servidos em pequenas porções (foto SM)

Queijos à vontade para harmonizar com os espumantes (foto SM)

Barreado servido numa charmosa cumbuca (foto Felipe Almeida)

O passeio sai por R$ 180 por pessoa. Dá direito à visita guiada ao túnel, degustação após a palestra e o almoço (sem bebidas). Aos sábados e domingos há dois horários para as visitas. Minha sugestão é escolher o primeiro, para poder almoçar com mais calma, sem horário para terminar.