
O queijo colonial do Sudoeste do Paraná acaba de receber o registro de Indicação Geográfica (IG), na modalidade Indicação de Procedência, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O reconhecimento abrange 42 municípios e reforça a identidade produtiva de uma região que mantém viva a tradição queijeira desde a década de 1940.
Com a chancela, os produtores esperam ampliar mercados e agregar valor ao produto. Atualmente, 18 queijeiros de 11 municípios integram a Aprosud — Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná — e produzem cerca de 17 toneladas mensais.
A certificação contou com o apoio de instituições como Sebrae/PR, IDR-Paraná, UTFPR e prefeituras locais. A IG garante que os queijos da região sigam critérios técnicos e passem por fiscalização, assegurando padrão de qualidade e origem. Para a produtora Cristina Bombonato, de Pinhal de São Bento, o selo também exige responsabilidade: “Implica em processos mais seguros e reforça nossa identidade histórica”.
Com o novo registro, o Paraná soma 19 Indicações Geográficas, ocupando o segundo lugar no ranking nacional. Entre os produtos já reconhecidos estão carne de onça e broa de centeio de Curitiba, cracóvia de Prudentópolis e urucum de Paranacity.
A IG do queijo colonial fortalece não apenas a economia local, mas também a permanência das famílias no campo, preservando práticas artesanais e tradições culturais que moldaram o território ao longo das décadas.