beto richa entrevista candidato governador
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O deputado federal Beto Richa (PSDB) disse em entrevista ao jornalista Valdomiro Cantini, da Rádio Massa FM de Cascavel, que, como governador do estado por duas vezes, se sente preparado para voltar ao cargo, mas ponderou que “ninguém é candidato de si mesmo” e que concorrer exigiria estrutura partidária, com políticos importantes, como deputados e prefeitos, e tempo de televisão. Richa elogiou a administração de Ratinho Junior (PSD), que faz “uma brilhante gestão”, mas disse que parte das muitas obras inauguradas agora pelo atual governador foram iniciadas na sua gestão (2011-2018).

Perguntado por Cantini se é pré-candidato ao governo, Richa deu a seguinte resposta:
“Como todo político, se eu dissesse que não teria vontade, não estaria sendo verdadeiro. Lógico que todo político almeja, e cada um no seu segmento de atuação, chegar ao topo. Eu já fui governador duas vezes. Nesse aspecto, eu me sinto muito preparado .

Se tivesse que voltar a governar nosso estado, (estou) mais experiente e com mais condições de fazer um mandato ainda maior que os dois anteriores que eu fiz. Tivemos a coragem de fazer o ajuste fiscal, colocar as finanças em ordem, equilibrar as contas públicas e transformar o Paraná num grande canteiro de obras. Até obras inauguradas pelo atual governo, que faz uma brilhante gestão. Quero deixar claro isso, muito competente, está com uma aprovação extraordinária, cotado para ser candidato à presidência da República com muita viabilidade. Foi meu secretário, aliás, no meu governo, da minha equipe. Posso dar as melhores referências a respeito do Ratinho.

Mas até hoje, muitas obras inauguradas são da nossa época, ainda. Muitas ligações asfálticas importantes. Cito aqui Coronel Domingos Soares-Palmas, Contorno Sul de Wenceslau Braz, Contorno Norte de Castro, Irati-São Mateus do Sul, a ligação há dois meses inaugurada Mato Rico-Pitanga, o início da ponte de Guaratuba. E grandes avanços em diversos outros setores. Na saúde, foi um espetáculo, modéstia à parte, o que nós fizemos.

Eu eu não posso – ninguém pode ser candidato de si próprio. (Só) se tivesse um mínimo de condições que viabilizem um projeto de estado. Projeto pessoal, jamais. Se tiver um projeto de estado que eu possa representar, eu aceito a missão. Aceito, sim. Tenho visto pesquisas, até surpreendentes – eu não falei que sou pré-candidato – que têm colocado meu nome. Agora mesmo, eu vi em Foz do Iguaçu: eu vim em segundo lugar. Muito próximo do primeiro colocado, que todos sabem, é o juiz Sergio Moro. Vi outras pesquisas em Campo Mourão e outras cidades. Eu próprio fiz uma pesquisa meses atrás. Também fiquei na segunda colocação.

Mas isso não basta. Pesquisa é a fotografia do momento. Nós sabemos que, muito mais do que isso, é necessária uma estrutura partidária que viabilize a candidatura, com políticos importantes, deputados, prefeitos, tempo de televisão. Então, se tiver minimamente isso. Eleição ganha não existe, mas tem que ter uma oportunidade. Se tiver, eu aceito.”

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