moro testemunha Kiq
Delegado Kiq e Sergio Moro. Divulgação

A assessoria de imprensa do senador Sergio Moro (União) informou que ele será testemunha de defesa do delegado da Polícia Civil Carlos Henrique Rossato Gomes, acusado de difamação por ter chamado o então candidato Luís Inácio Lula da Silva de “ladrão”, durante um evento na campanha eleitoral de 2022. Moro se ofereceu para ser testemunha na audiência, que vai acontecer no Fórum Eleitoral de Paranavaí, no dia 8 de julho. A ação é movida pelo Ministério Público Eleitoral. Na época, o delegado Kiq, como é conhecido, era prefeito de Paranavaí.

Para o senador, o processo é abusivo porque viola a liberdade de expressão dos brasileiros. “A liberdade de expressão está em perigo no Brasil. Em todo o país, pessoas que tem chamado Lula de ladrão têm sido processadas por calúnia e difamação. Essa ação contra o delegado KIQ é um absurdo. O Lula foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias por vários magistrados, em razão do roubo que foi praticado contra a Petrobras durante os governos do PT. Depois houve a anulação dessas condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas nunca ninguém disse que o Lula era inocente”, defende Moro.

Da mesma forma, o delegado Kiq, também considera a ação do Ministério Público um equívoco. “Durante a campanha eleitoral de 2022 eu apenas reproduzi um fato histórico em relação ao então candidato Luís Inácio Lula da Silva. Infelizmente, hoje respondo a um processo criminal, o que considero um absurdo”, diz o ex-prefeito.

Moro irá defender que todo cidadão tem o direito de expressar o que pensa. “A discussão de temas relevantes faz parte do debate público e a linguagem pode ser veemente. O que a gente não pode é impedir a liberdade de pensamento dos cidadãos, especialmente nas eleições”, completa Moro. A audiência será na sede do Fórum Eleitoral, em Paranavaí, no dia 8 de julho, às 14 h. O senador Sérgio Moro participa da audiência de forma virtual.

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