Motorista de aplicativo é brutalmente assassinado e jogado em valeta no Cajuru, em Curitiba

Homem vinha atormentando e já havia agredido a ex, que tinha medida protetiva contra ele

Plantão de Polícia

Carro encontrado destruído próximo ao local do crime (Foto: João Carlos Frigério)

O caso do motorista de aplicativo que foi brutalmente assassinado na manhã desta terça-feira (15 de novembro) no bairro Cajuru, em Curitiba, ganha novos detalhes. A vítima, que tinha 37 anos, foi encontrada morta em um córrego de água na Rua Teófilo Otoni, próximo da residência onde vive a sua ex-esposa, a quem vinha ameaçando e que já possuía uma medida protetiva contra ele. O Renault Kwid que o rapaz utilizava para trabalhar, inclusive, foi encontrado na frente da casa da mulher e bastante danificado nos vidros e lataria.

Segundo as informações apuradas pelo jornalista João Frigério, o crime aconteceu após o homem, identificado como R.M., ir até a casa da ex-mulher, E.A. Ainda não se sabe o que aconteceu na frente da residência dela, mas o corpo dele foi encontrado por vizinhos, que entre o final da madrugada e o começo da manhã de hoje relataram ter ouvido um barulho de confusão e briga. Mais tarde, localizaram a vítima caída numa valeta, de bruços e com a calça e cueca arriada. Ele apresentava ferimentos na cabeça, só que ainda não se sabe qual objeto foi utilizado para causar os ferimentos.

O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para atender a ocorrência, mas quando chegou ao local o rapaz já estava em óbito. O local então foi isolado e a Polícia Científica, com apoio da Divisão de Homicídios, realizou a perícia e iniciou a investigação do crime. A ex-mulher do homem assassinado estava no local durante o atendimento das equipes de polícia e demonstrou estar bastante abalada e emocionada.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Curitiba.

Violência após separação

O motorista de aplicativo esteve numa relação por 10 anos com a E.A. Há cerca de cinco meses, contudo, o casal se separou e aí R.M. teria começado a atormentar a vida da ex, com agressões verbais, físicas e ameaças.

Pelo menos três boletins de ocorrência contra o homem foram registrados pela mulher, que chegou a obter uma medida protetiva contra ele. O primeiro boletim faz referência a uma situação ocorrida em 20 de julho, quando R.M. pediu para carregar seu celular na casa da ex e ela deixou, concedendo a chave do cadeado do portão para ele. Quando ela solicitou a devolução da chave, porém, começou a ser xingada por ele, que usou palavras de baixo calão e ainda a mandou “voltar para o bordel”, além de ter pego uma faca em seu carro e partido para cima da ex, que correu para dentro da residência e disse que chamaria a polícia, o que fez o homem ir embora.

Em outra situação, quando a mulher já havia obtido uma medida protetiva contra o ex, ele teria descumprido a decisão judicial e E.A. acionou a Guarda Municipal (GM), que abordou o homem. Na ocasião, ele alegou que não sabia da medida protetiva, mas noutra ocasião voltou a descumprir a determinação, quando foi até a casa dela e a agrediu fisicamente, arremessando um óculos contra o rosto dela, dando tapas no rosto, golpes com cinta no abdômen e cabeçada no naris. Essa última agressão fez a mulher ficar com lesões no rosto, equimose no olho direito e inchaço no nariz.

Nesse último episódio, inclusive, o homem ainda teria ameaçado a mulher com a seguinte frase: “Vou te matar”.