serginho posto

Diante das novas denúncias contra vereadores acusados de ficar com parte dos salários de assessores, o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto (PSDB), afirmou hoje que todas as providências estão sendo tomadas para investigar esses casos, e que a administração da Casa não foi atingida. Ele voltou a insistir que a prática não é generalizada entre os parlamentares, e que cada caso será investigado, respeitando o direito de defesa dos acusados.

Na semana passada, foram abertas investigações contra dois vereadores – Kátia Dittrich (SD) e Thiago Ferro (PSDB) – acusados de se apropriarem dos salários de ex-funcionários. Nesta semana, novas investigações vieram à tona, contra os vereadores Geovane Fernandes (PTB), Rogerio Campos (PSC) e Osias Moraes (PRB), que estariam sendo apuradas sob sigilo pelo Ministério Público. Todos negam as acusações.

“A Camara Municipal de Curitiba é maior que isso. Nós não podemos deixar que cada fato não seja esclarecido. Nós apuraremos todos os fatos, desde que sejam obedecidos os critérios e a forma que chegam essas representações em forma de denúncia”, afirmou.

“Os cofres públicos da Câmara não foram atingidos. A administração da Câmara não foi atingida. Pode ser que a imagem pessoal do vereador, do servidor, sim. Mas não podemos generalizar como um todo que essa Casa é algo que acontece de uma forma natural, que são coisas que as pessoas acham que seja uma normalidade. Curitiba é diferente de Brasília. Curitiba é muito diferente de tudo que a gente vê, das assembleias que estão por aí”, defendeu.

Serginho alegou ainda que a direção da Câmara tem colaborado com os órgãos de controle, como Ministério Público e Tribunal de Contas. “Nós temos a obrigação política e administrativa. Porém, existem outras instituições para que sejam apurados de forma criminal, se houver”, disse.

O presidente do Legislativo municipal deixou claro, ainda que a Casa vai cobrar provas consistentes das acusações. “A Câmara está tomando todas as providências. Em momento algum esta Mesa deixou de informar, esclarecer. Porém, obedecendo o direito de defesa, amplo, constitucional e legal. Quem faz a representação, a denúncia, terá que provar. Nós não temos o papel judicial, investigativo”, afirmou.