Aos 50 anos de vida, completados no último mês de março, Fernando Francischini busca um novo desafio. Depois de atuar como policial militar, agente e delegado da Polícia Federal, atuar por dois mandatos como deputado federal, ser nomeado secretário de Segurança Pública do Paraná e eleito deputado estadual, cargo que ocupa atualmente, o político do PSL agora quer o Palácio 29 de Março. E para isso, mira no exemplo de Jaime Lerner, ao mesmo tempo em que já se mobiliza nos bastidores e conversa com o governador Ratinho Junior e o presidente da República Jair Bolsonaro, segundo ele para tentar mostrar que seu projeto é o melhor para Curitiba.
Em entrevista ao Bem Paraná, concedida na última quinta-feira, Francischini falou um pouco sobre tudo. Contou sobre sua trajetória antes e depois do ingresso na política, a relação com Jair Bolsonaro, os incêndios que teve de apagar na relação do presidente da República com o ex-juiz Sergio Moro e também não poupou críticas ao atual prefeito de Curitiba e provável adversário na eleição municipal, Rafael Greca.
“No começo da pandemia ele foi frouxo, ele não teve coragem. No começo da pandemia ele devia ter sido mais firme”, diz Francischini. “Ele se omitiu, errou demais, e esse aumento de mortes e contaminação é culpa dele, que não teve coragem no começo de agir com firmeza. E agora ele age sem dialogar com os setores da sociedade”, reclama.
Seu plano de governo, conta, já está sendo elaborado e será apresentado à sociedade nos próximos meses. Um plano que ele chama de ‘Curitiba 2050’.
“Não quero fazer como os últimos prefeitos, que fizeram planejamento para quatro anos. Eu tenho olhado muito para o que o Jaime Lerner fez quando foi a primeira vez prefeito. Como é que vai ser Curitiba daqui 30 anos?”, explica o parlamentar, que tem contado com o apoio de diversas pessoas, entre elas a própria esposa, Flávia, que está ajudando na elaboração de ações sociais para a cidade e pode sair candidata a vereadora pelo PSL – o filho do casal, Felipe Francischini, já é deputado federal e presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)