Gleisi Horrmann (PT) (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria neste domingo (19) para rejeitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Para seis ministros até o momento é que não há justa causa para abrir uma ação penal contra a parlamentar. O julgamento segue até às 23h59 desta segunda-feira (20) no plenário virtual

A denúncia foi apresentada pela PGR em 2018 na Lava Jato. Segundo a PGR, a Odebrecht direcionou R$ 5 milhões para a campanha de Gleisi ao governo do Paraná em 2014. Do total, R$ 3 milhões foram recebidos via caixa dois entre outubro e novembro daquele ano.

Os valores teriam sido pagos em troca de influência de Gleisi e do ex-ministro Paulo Bernardo em projetos de interesse da empreiteira.

Em parecer apresentado em setembro deste ano, a PGR recuou e disse que não há justa causa para a abertura de ação penal contra Gleisi. A manifestação foi acatada pelo relator, ministro Edson Fachin.

Em voto, Fachin afirmou que há “vácuos investigativos intransponíveis” na denúncia.

Os ministros André Mendonça, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso seguiram Fachin. Ainda restam os votos de Nunes Marques, Luiz Fux e Gilmar Mendes. O ministro Cristiano Zanin, por sua vez, se declarou impedido e não votou.

O julgamento pode ser suspenso caso algum ministro peça vista (mais tempo de análise) ou destaque, instrumento que leva a discussão para as sessões presenciais do STF.