A designer norte-americana Iris Apfel, que morreu na semana passada aos 102 anos, foi um dos maiores símbolos contemporâneos de existência livre, alegre e louca.
Quem não conhece Iris, vá conhecer. Ela foi a combatente mais divertida e excêntrica na defesa do nosso direito de sermos quem quisermos ser. Sempre. Com todos os corpos, a todas as idades, as escolhas, as orientações e as origens.
Ela, que era especialista na indústria têxtil e em tecidos antigos, ganhou uma Barbie à sua imagem e semelhança, um documentário na Netflix e inspirou uma exposição no Museu Metropolitano de Arte de Nova York, se autointitulava “ícone acidental” de moda e falava que um dos grandes problemas atuais é que muita gente quer se parecer com a maioria, para ser aceito, por conveniência, por comodismo.
Cadê a personalidade, minha gente? Moda não é pra aprisionar. Ela pode ser arma de luta, símbolo de liberdade, de resistência, de empoderamento. Não estamos falando de tendências, de modismos, do que combina com o quê. Iris nos libertou dessas bobagens. Vamos voar. Vá atrás do seu estilo, veja o que a deixa mais feliz, faça suas combinações, renuncie aos padrões caretas, assuma suas vontades. Por favor, não perca tempo tentando se adequar à moda dos outros. Brinde à vida! Brinde à existência linda e irreverente de Iris.
Agora, se quiser, experimente uma combinação diferente de cores, junte duas estampas, invista em acessórios legais, misture o high e o low, pesquise em brechós, customize. Deixe sua personalidade transparecer livre, leve e solta.
