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Na Valentino, peça antiga pode valer como parte do pagamento de outra nova (Reprodução Instagram @maisonvalentino)
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Roupa biodegradável de Jacob Coren (Reprodução Instagram @jacobcoren)

Já pensou em dar uma roupa antiga da marca que você gosta como pagamento da nova? Ou comprar uma roupa velha que volta para as araras depois de ser transformada?Tem também quem ande desenvolvendo peças biodegradáveis, acredita?
O pessoal está de olho na sustentabilidade da cadeia da moda. Pudera, é uma das indústrias mais poluentes, o consumismo desenfreado só faz piorar isso e o planeta vem se ressentindo. 

O WGSN, ou World Global Style Network, que estuda tendências de consumo pelo mundo, detectou esta preocupação crescendo entre as marcas de moda. E elas, criativas como só, andam inventando moda, literalmente. Um dos grandes movimentos é a transformação, a reciclagem, a ressignificação de peças antigas. E aí vem, por exemplo, a A La Garçonne, do estilista Alexandre Herchcovitch, usando roupas garimpadas em peças exclusivas, autorais e absolutamente contemporâneas, ganhando novo shape, estamparia inusitada, recortes. 

Aqui mesmo, em Curitiba, tem o Alexandre Linhares e a Thifany F., da HAL, transformando moletons, malhas, tules e outros tantos tecidos com seus bordados cheios de intenções e silhueta moderninha. A Transmuta leva a transformação do nome ao pé da letra e recria roupas a partir de outras. A marca participa até do Brasil Eco Fashion Week. 

Mudar é tão urgente, que até a toda poderosa Maison Valentino está fazendo negócios de um jeito diferente e começa a aceitar peças antigas como parte do pagamento de novas. A ideia é criar lojas da marca com peças icônicas reeditadas, numa vibe brecholenta.  

Por outro lado, há os fashionistas que apostam na ciência para ajudar a salvar o mundo. Além de usarem tecidos reciclados e couro de cogumelo, entre outros, tem quem esteja investindo no conceito de roupa biodegradável, como é o caso da marca gringa Jacob Coren. Ou seja, você usa, usa, usa e, um dia, ela se desfaz sem deixar rastros. É moda e comportamento verde, minha gente. Descartar, poluir, comprar demais estão out fashion. Pra sempre e cada vez mais.