Em meio a polêmica provocada pela confusão no jogo entre Atlético-PR e Vasco, no último domingo, em Joinville (SC), pela última rodada do Brasileirão, os deputados aprovaram ontem, em segunda discussão, projeto de Bernardo Carli (PSDB), que prevê a obrigatoriedade da identificação dos torcedores nos estádios de futebol, foi aprovado na sessão plenária ontem, na Assembleia Legislativa. “Essa é uma forma de inibir a violência, de banir os marginais dos estádios”, afirmou Carli, citando as cenas verificadas recentemente durante o jogo de domingo. Pela iniciativa, os clubes, entidades mantenedoras e gestoras dos estádios de futebol, assim como estabelecimentos que realizarem a venda de ingressos para partidas oficiais em locais com capacidade para mais de quinze mil torcedores, precisarão identificar os compradores dos ingressos.
Os responsáveis pelos jogos devem ainda manter à disposição das autoridades, por no mínimo doze meses a contar da competição, banco de dados com a identificação de todos os compradores e frequentadores das partidas. O projeto recebeu emenda do próprio autor, deixando claro que ao comprar o ingresso o torcedor deve apresentar o documento de identidade de quem vai utilizá-lo. “Não acredito que haverá dificuldades para fazer essa identificação porque um número mínimo de ingressos é vendido nos dias dos jogos”, afirmou Carli, alegando que apenas cerca de 6% dos torcedores adquirem o ingresso no dia da competição.

Ainda em cima do noticiário do momento, o deputado Douglas Fabrício (PPS), apresentou projeto para proibir a entrada de torcedores nos estádios, com roupas, bandeiras, faixas ou outros objetos que façam alusão a torcidas organizadas. O argumento é o mesmo: de que isso ajudaria a reduzir a violência nos jogos de futebol.