Um grupo de trabalhadores dos Correios fará um enterro simbólico, na tarde desta terça-feira (20) , para protestar contra a falta de negociação com o governo sobre o reajuste salarial da categoria. Em greve desde a última quarta-feira (14), eles estão reunidos em frente ao Ministério das Comunicações. Além de um carro de som, os funcionários da estatal levaram para a manifestação um caixão com flores e as fotos do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro.

Já que eles não querem conversar com a gente, vamos enterrá-los. Só vamos desenterrá-los quando abrirem as negociações, disse o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect), José Gonçalves de Almeida. Segundo ele, os trabalhadores estão reunidos em assembleias em vários estados para debater os rumos das negociações.

De acordo com os Correios, ontem (19) a adesão dos trabalhadores à paralisação caiu para 23% — até a última sexta-feira, estava em torno de 30%. Com isso, agora a empresa tem 77% do efetivo trabalhando. Já a Fentect estima que 70% dos 109 mil empregados da estatal estejam parados.

Segundo a empresa, com a queda na adesão e o mutirão feito no final de semana para entrega de objetos postais, os Correios conseguiram aumentar a porcentagem de carga que esta sendo entregue em dia, que passou de 60% para 65%. Ontem (19), o ministro Paulo Bernardo disse que quem aderir à paralisação terá o ponto cortado.