O esquema montado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para tentar controlar o sistema de bilhetagem eletrônica do Departamento de Transportes Urbanos do Distrito Federal (DFTrans) envolveu negociações de propinas no valor de R$ 300 mil a servidores e reuniões com o secretário de Estado de Transportes, José Walter Vazquez Filho.
Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal no dia 07 de julho do ano passado mostram que o bicheiro combinou com o então diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, o pagamento de uma ajuda financeira para Valdir Reis, assessor da Secretaria de Planejamento do Distrito Federal na época.
Segundo Cachoeira, o secretário de transporte do Distrito Federal gosta muito de Reis e vai deixar sob sua responsabilidade esse negócio aí da bilhetagem. O contraventor referia-se ao sistema de bilhetagem eletrônica da DFTrans, que rende cerca de R$ 6 milhões por ano e que passaria por uma licitação dirigida para favorecer uma empresa ligada à empreiteira. Ele (Valdir) pediu 300 mil. Mas nós temos que dar um dinheirinho para ele, explica Cachoeira