Líbano — Pelo menos oito pessoas foram mortas em confrontos que aconteceram ontem em Tripoli, no norte do Líbano, entre partidários contra e a favor do presidente sírio Bashar Assad, informaram as forças de segurança libanesas. A emissora Al Jazeera, que reportou de Tripoli, informou que existe o risco do governo libanês – uma frágil coalizão entre muçulmanos sunitas, xiitas e cristãos – cair. Ontem, muçulmanos sunitas, majoritários em Tripoli e no norte do país, trocaram tiros com os alaiutas na cidade do norte libanês. O exército libanês disse, em declaração reproduzida pelo jornal An-Nahar, que não se retirará da cidade. Já o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, tenta negociar um cessar-fogo. Enquanto isso, a violência prossegue na Síria, onde pelo menos 37 pessoas foram mortas nesta quarta-feira em dois bairros de Damasco, quando tropas do governo lançaram ataques de infantaria, com soldados apoiados por tanques. A informação partiu de ativistas e opositores sírios.

Última chance
Alemanha — O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, está pedindo mais tempo para efetuar reformas e cortes de gastos destinados a levantar fundos para manter o país à tona Tudo que queremos é um pequeno espaço para respirar, para reavivar a economia rapidamente e ampliar a renda estatal, afirmou Samaras em entrevista ao jornal alemão Build. O governo da Grécia tem uma proposta para ampliar por dois anos o prazo para que o país cumpra as metas de déficit sem exigir que os parceiros da zona do euro peçam mais dinheiro a seus parlamentos, segundo fontes.

Missão
Estados Unidos — O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, anunciou ontem que enviará uma missão eleitoral ao Paraguai o mais rápido possível, para supervisionar os preparativos para as eleições presidenciais de abril de 2013. No dia 22 de junho o Senado do Paraguai destituiu o presidente do país, Fernando Lugo O vice-presidente Federico Franco assumiu o cargo imediatamente. Nesta semana, foi confirmada a data de 21 de abril de 2013 para a eleição presidencial. Insulza não precisou uma data específica para o envio da missão e anunciou que ela deverá ser comandada por um ex-chefe de Estado de um país latino-americano.

Assange
Equador — O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou ontem que o jornalista australiano Julian Assange, fundador e editor-chefe do site dedicado a vazamento de documentos secretos WikiLeaks, está disposto a ir à Suécia responder a acusações de violência sexual, mas o governo equatoriano exige garantias de que ele não será extraditado a um terceiro país. Correa esclareceu que o Equador não pretende interferir de nenhuma maneira nas decisões da justiça sueca e disse que o asilo a Assange jamais teria sido concedido por seu governo se o australiano tivesse exclusivamente a intenção de esquivar do processo na Suécia. Assange sempre disse: quero responder, que me interroguem na Embaixada do Equador em Londres ou em Estocolmo e eu dê a minha versão dos fatos, relatou Correa em conversa com jornalistas em Quito.

Marte
Estados Unidos — A sonda Curiosity, enviada a Marte pela agência aeroespacial norte-americana (Nasa, por suas iniciais em inglês), realizou ontem seu primeiro teste de manobra no solo do Planeta Vermelho. Allen Chen, um engenheiro do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em Pasadena, colocou na internet uma imagem das marcas deixadas no solo marciano pelo veículo robô. Não havia detalhes técnicos disponíveis sobre o teste. A expectativa dos cientistas da Nasa era de que a Curiosity se deslocasse por pouco mais de três metros, virasse para a direita e voltasse para perto de onde estava antes. A Curiosity chegou a Marte no início de agosto.