A greve dos professores das universidades federais está prestes a se tornar a mais longa da história da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ainda em momento de indecisão. No domingo (02), a greve completará 109 dias e baterá o recorde da greve de 2001, que resultou em uma readequação de calendário que durou aproximadamente três anos.

No Paraná, a UFPR e a Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) já recusaram proposta do governo. A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) decide ainda hoje.

Ontem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores, mas não ordenará aos reitores das universidades e diretores dos institutos que cortem o ponto dos docentes que não retomarem as atividades. Ele afirmou ainda que não há a menor possibilidade de negociação porque o orçamento da União já foi encaminhado ao Congresso e que nem há possibilidade institucional porque nós não podemos negociar nada para o ano que vem que não tenha previsão orçamentária.

O governo propõe aumentos de 25% a 40% e a redução de 17 para 13 níveis de carreiras.Sindicalistas, contudo, afirmam que a proposta não contempla as perdas que a categoria sofreu nos últimos anos.

Caso a Andes decida pela continuação do movimento, o principal objetivo será pressionar o governo a retomar as negociações interrompidas no dia 1.º de agosto após o acordo com o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior).  

Segundo o calendário elaborado na UFPR, para repor os conteúdos perdidas se as aulas voltarem em setembro, o calendário acadêmico irá terminar apenas no fim de março de 2013 e os alunos teriam aulas aos sábados.