Um candidato à prefeitura de Curitiba contratar uma pesquisa eleitoral é estranho e inconcebível. Os institutos podem direcionar facilmente o levantamento para satisfazer o gosto do cliente. Dependendo de como está sendo formulada a pergunta, o entrevistado pode ser induzido a responder um determinado nome. Em qualquer aula de sociologia política, os professores ensinam como é possível e fácil esse direcionamento.
A coligação de Ratinho Junior contratou uma pesquisa do Datacenso para ser divulgado na noite de hoje. Com uma margem de erro de apenas 1,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Apesar da boa intenção, uma pesquisa como essa deve ser vista com bastante desconfiança. O contratante poderá ser diretamente beneficiado.
Não discuto sobre a necessidade ou não da realização de pesquisas eleitorais. Minha preocupação está relacionada com o contratante. Em nenhum momento discuti a validade de uma pesquisa realizada em parcerias com redes de televisões ou jornais. Esses levantamentos situavam, sem interesses, o movimento do eleitorado curitibano. Agora um candidato divulgar uma pesquisa é uma falha grave de um tribunal que deveria pensar na lisura do processo.
Diferenças fundamentais
Assistindo o programa eleitoral do candidato à prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet (Curitiba Quer Mais), e o de Fernando Haddad, petista que tenta a prefeitura de São Paulo, é bem fácil entender os motivos que levaram o aliado do PT na capital paranaense a se afundar. Enquanto o programa eleitoral de Haddad mostra cenas claras e criatividade, o de Fruet revela um ambiente taciturno e inquieto. As imagens mostram o ex-ministro da Educação com a câmara de cima para baixo, sugerindo o poder de grandeza dele. No deFruet, a câmara aparece, na maioria das vezes, no mesmo nível do pedetista, colocando o candidato no mesmo nível do eleitor e com problemas de cores. Se em um o entendimento é de grandeza o de outro é de incerteza.
Escolha Estética
O termo usado por Gustavo Fruet (Curitiba Quer Mais) nos programas eleitorais da porta para fora da casa foi tirado da campanha de Fernando Haddad, candidato à prefeitura de São Paulo. A ideia é boa, mas não seguiu a forma poética em que ela foi concebida. Na de Fruet não há magia. Impera a estética da pobreza e da feiura.
Primo pobre
O deputado estadual Ademar Traiano (PSDB) criticou em artigo a gestão da petista Dilma Rousseff. Segundo o tucano, apesar do estado ter como ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Gilberto Carvalho (Secretaria da Presidência da República) o Paraná é tratado pela União como o primo pobre do Sul.
Quarto prefeito
Hoje, às 15h30, Londrina terá o quarto prefeito desde janeiro de 2009. O presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Gérson Araújo (PSDB), será empossado na tarde de hoje. Ele assume na vaga de José Ribeiro, ex-filiado do PSC, partido do candidato à prefeitura de Curitiba, Ratinho Junior. Ribeiro pediu demissão ontem, após ter sido preso em um hotel de Piçarras, Santa Catarina. O ex-prefeito ficou na prefeitura menos de dois meses. Ele havia assumido no lugar do pedetista Barbosa Neto, cassado no final de julho por utilizar vigias pagos pela prefeitura na rádio da família.
Brasil dos banqueiros
Mesmo com a crise econômica batendo na porta do Brasil, o país continua sendo o paraíso dos banqueiros. A influência deles é tão grande que eles desobedecem a Constituição e praticam uma política de juros maior do que 4% – sem que a presidente Dilma Rousseff tome qualquer iniciativa para detê-los. Um exemplo de extorsão que acontece no Brasil são os cartões de créditos. Hoje os juros batem na casa dos 230% ao ano. Enquanto nos Estados Unidos as taxas variam entre 0,50% a 4% ao ano.
Lousa interativa
A coligação Curitiba Criativa comemorou a decisão da corte do Tribunal Regional Eleitoral em não barrar a pesquisa Datacenso – que deverá ser divulgada na noite desta sexta-feira. A aliança de Ratinho afirma que a margem de erro da pesquisa será de 1,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. **** O apresentador Ratinho Junior conseguiu liberar na 4.ª Zona Eleitoral de Curitiba a participação do pai, o apresentador do SBT Carlos Massa, nos comícios do filho, desde que não o faça como artista. **** Gustavo Fruet (Curitiba Quer Mais) até quando quer acertar, erra. Na tarde de ontem a assessoria do candidato distribuiu nota aos jornais e blogs de Curitiba comentando que a Sanepar vive a maior crise da história e que presidentese chamavaEzequias Moreira. Errou feio mais uma vez. O presidente é o diretor administrativo, AntônoHallage. **** O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção na semana que antecede o primeiro turno das eleições porque a Corte decidiu fatiar ainda mais o julgamento do mensalão. **** A disputa pela liderança do PMDB na Câmara está pegando fogo. Nenhum paranaense está na parada. Disputam a vaga de Henrique Eduardo Alves, a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (ES), o ex-líder do PR Sandro Mabel (GO)e os deputados Eduardo Cunha (RJ), Lúcio Vieira Lima (BA), Danilo Forte (CE), Marcelo Castro (PI) e Manoel Junior (PB).
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