Os servidores da saúde decidiram continuar em greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (25) em frente ao Palácio Iguaçu, com a participação de centenas de trabalhadores de todo o estado.

A assembleia aconteceu logo depois de uma reunião entre diretores do SindSaúde e representantes da Seap e Sesa. No encontro, os representantes do governo não apresentaram nenhuma proposta concreta. Eles se comprometeram apenas a apresentar a sua proposta de Quadro Próprio da Saúde na próxima quarta-feira, dia 2 de abril. Os servidores consideraram que essa era apenas mais uma promessa do governo, que há três anos discute o assunto com o sindicato sem nunca ter apresentado nada de concreto.

A união faz a força — A reunião com representantes do governo só aconteceu porque os trabalhadores mostraram força, na parte da manhã, quando quase mil servidores de diversos locais de trabalho de todo Estado participaram das atividades nas ruas de Curitiba. Foi uma das maiores manifestações da categoria em todos os tempos e que mostrou que a greve tem adesão de muita gente e não de apenas 300 pessoas, como alega o governo.

No ato, que contou com a participação também dos servidores técnico-administrativos de universidades federais e do Hospital de Clínicas, também em greve, os participantes gritaram palavras de ordem e pediram o fim da privatização da saúde pública.

Após a concentração na Praça Santos Andrade, os manifestantes caminharam em passeata até o Palácio Iguaçu, onde o governo acabou aceitando fazer a reunião.