De janeiro de 2011 até março de 2014, o Sistema Penitenciário do Paraná recebeu 33.832 presos, sendo 32.554 oriundos de delegacias e distritos policiais do Estado, sob a gestão da Secretaria da Segurança Pública, e 1.278 detentos da Polícia Federal.  Os dados foram divulgados ontem, durante reunião entre representantes das secretarias da Justiça e da Segurança e do Tribunal de Justiça do Paraná.
As 33 unidades do Sistema Penitenciário do Paraná, administrado pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, já receberam 2.828 presos em 2014. Foram transferidos 2.739 detentos oriundos de carceragens de delegacias e distritos policiais da Polícia Civil de todo o Paraná e 89 presos da Superintendência da Polícia Federal no Estado.
O maior número de transferência é de presos de carceragens de delegacias e distritos policiais de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral. Com os 20 presos transferidos ontem para a Casa de Custódia de Piraquara, já são 1.387 detentos dessa região absorvidos nos estabelecimentos penitenciários coordenados pelo Departamento de Execução Penal (Depen). Isso significa uma média semanal de 98 presos, número bem superior ao assumido pela Secretaria da Justiça em compromisso com a Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público e Tribunal de Justiça do Paraná. A meta era receber semanalmente 80 detentos nos estabelecimentos penitenciários, vindos dessas unidades policiais.

A secretária da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, informou que em janeiro de 2014 foram transferidos 302 presos de unidades policiais de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral para o sistema penitenciário. Em fevereiro foram 539 transferências e, em março, 421. Só neste mês de abril já foram transferidos 125 presos.
Durante a reunião, o Depen se dispôs a receber, ainda nesta semana, 33 mulheres detidas na Capital. Elas se somarão a mais 20 presos que serão transferidos para a Casa de Custódia de Piraquara hoje. O diretor do Departamento, Cezinando Paredes, ficou encarregado de apresentar até a próxima segunda-feira um estudo de quantos presos os estabelecimentos penitenciários de Curitiba e Região Metropolitana será possível receber, sem comprometer a segurança e os trabalhos de ressocialização ali desenvolvidos.