Por Lucas Sampaio

CAMPINAS, SP, 16 de abril (Folhapress) – Presidente nacional do PSB e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos disse hoje que defende a apuração sobre o irmão de um dirigente do partido citado na investigação da operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Irmão do ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB), Clementino de Souza Coelho teve contatos interceptados pela PF em que pede dinheiro ao doleiro Alberto Youssef, preso desde março.

Clementino presidiu por um ano a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), empresa vinculada à Integração Nacional, pasta comandada por Bezerra Coelho entre 2011 a 2013.

“Essa pessoa [Clementino], que é parente de um filiado ao PSB [Bezerra], deve prestar todos os esclarecimentos. Ela não tem nenhum envolvimento com o PSB”, disse Campos, em Campinas (SP). “Quero que a Polícia Federal apure, que o Ministério Público apure, que a Justiça julgue”, completou.

“Se ele tiver culpa tem de ser punido severamente”, disse Campos sobre Clementino Coelho. “Ele é que tem de provar a idoneidade dele. Prejulgar é um erro, e pode ser até um crime.” Campos esteve em Campinas, principal reduto do PSB no Estado. Foi recebido pelo prefeito da cidade, Jonas Donizette, principal líder do PSB no interior.

Eleição em SP

Campos comentou sobre o cenário eleitoral em São Paulo, onde Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente na chapa do PSB, deseja que o partido lance candidato próprio.

O partido tende, contudo, a apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) –o próprio prefeito Donizette é um dos principais aliados do tucano no interior paulista.

A decisão em Estados em que há divergências na formação de palanques, afirmou Campos, será local. “Não vamos atropelar direção de Estado nenhum, muito menos a de São Paulo.” “Temos 15 dos 27 Estados resolvidos e pouco mais de 60 dias até o prazo final das convenções. Vamos tentar buscar consenso com o conjunto dos partidos em todos os Estados. Se não conseguirmos, vamos respeitar a posição dos partidos em cada um dos Estados”, completou.