FABIANO MAISONNAVE, ENVIADO ESPECIAL
CARACAS, VENEZUELA – Reunidos em Caracas, os presidentes do Mercosul, entre as quais Dilma Rousseff, fizeram discursos de apoio à Argentina na disputa contra fundos que não aderiram à reestruturação da dívida entre 2005 e 2010.
Nesta quarta (30), o país pode novamente suspender pagamentos caso não haja acordo com esses credores.
“O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça não só a um país irmão, atinge a todo o sistema financeiro internacional”, disse Dilma. “Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros.”
“Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, permita previsibilidade e, portanto, Justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas”, disse a presidente.
Dilma afirmou que a “solidariedade do Brasil não é retórica”, ao lembrar que atuou como “amicus curiae” (amigo da Corte) na ação movida por credores contra a Argentina na Suprema Corte.
Em seu discurso, a presidente argentina, Cristina Kirchner, agradeceu o apoio dos colegas do Mercosul e afirmou que o país continuará pagando os vencimentos dos credores que aceitaram a reestruturação da dívida negociada em 2005 e 2010.