SÃO PAULO, SP – A mãe de um jornalista americano refém na Síria pediu nesta quarta-feira (27) ao líder da facção Estado Islâmico que liberte seu filho. “Nenhum indivíduo deveria ser punido por acontecimentos que ele não pode controlar”, disse em um vídeo.

O jornalista Steven Sotloff, 31, que trabalhava de forma independente, aparece no vídeo divulgado pelo Estado Islâmico, no qual o jornalista James Foley é decapitado. O EI ameaça matar Sotloff dependendo das ações do presidente dos EUA, Barack Obama, no Iraque.

A facção executou Foley como retaliação à decisão de Obama de autorizar ataques aéreos contra seus membros. “Steven é um filho leal e generoso”, diz a mãe, Shirley Sotloff. “Ele foi ao Oriente Médio cobrir o sofrimento dos muçulmanos nas mãos de tiranos”. Sotloff desapareceu na Síria em agosto de 2013, mas a família manteve o caso em segredo.

Um outro caso de sequestro na Síria foi revelado nesta terça (26), quando um representante da família de uma americana de 26 anos disse que ela foi sequestrada pelo EI. A mulher, que não foi identificada, fazia um trabalho de ajuda humanitária na Síria e foi capturada no ano passado.

O terceiro americano sabidamente sequestrado na Síria é o jornalista Austin Tice, que desapareceu em agosto de 2012. Em seu relatório anual, em novembro passado, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas estimou que pelo menos 30 jornalistas foram sequestrados ou desapareceram na Síria.

LIBERTADO

O jornalista Peter Theo Curtis voltou nesta terça-feira aos Estados Unidos, após ter sido libertado na Síria. Curtis foi mantido refém por quase dois anos pela Frente Al-Nusra, um grupo rebelde islâmico. Curtis foi libertado na Síria no domingo (24), com a mediação do governo do Catar junto à Frente Al-Nusra, braço sírio da rede Al-Qaeda.

EXTREMISTA

Outro americano – que teria se unido ao EI na Síria – teria sido morto no último fim de semana, segundo a rede de TV CNN. O Departamento de Estado teria confirmado à família a morte de Douglas McCain, 33, na segunda-feira (25). Não houve confirmação oficial, porém. O americano se convertera ao islamismo havia alguns anos e falou à família que viajaria para a Turquia. Grupos de direitos humanos disseram ao “NYT” que McCain morreu em confronto com o Exército Livre da Síria perto da fronteira turca.