Para uma vista panorâmica de literalmente tirar o fôlego, é preciso subir ao 148º andar do Burj Khalifa Sky, no alto de 555 metros, a plataforma que mostra os horizontes de Dubai. A subida é fácil, feita em dois tempos: o primeiro elevador vai até o 125º andar e o segundo, até o 148º piso, onde fica um salão de luxo. As reservas devem ser feitas previamente para a atração mais recente do Oriente Médio e custam entre 85 a 106 euros (entrada imediata)

O 124º andar é acessível ao público, na torre detentora de recordes. Dubai, aliás, já conta com 130 recordes mundiais no Guiness e só a torre Burj Khalifa tem 6: é o prédio mais alto do mundo, a mais alta estrutura artificial, o maior elevador, o restaurante mais acima do nível do mar (At.mosphere), tem os apartamentos residenciais mais elevados do planeta e ainda o maior número de andares em um edifício.

Dá até para entender como o ator Tom Cruise subiu o prédio, durante as filmagens de Missão: Impossível – Protocolo Fantasma. Em 2013 o prédio atraiu 1,9 milhão de visitantes. Número que certamente será ultrapassado neste 2014. A torre Burj Khalifa foi inaugurada em 2010 e projetada pelo escritório de arquitetos Adrian Smith + Gordon Gill Architecture e compreende um hotel de luxo (Armani), apartamentos residenciais e escritórios. Veja em www.burjkhalifa.ae

OÁSIS NO MERCADO
Dubai é o oásis futurista do mercado de arte, exemplo de arquitetura do novo milênio, com a avenida do Sheik Zayed Road, principal rua de Dubai, ligando todos os grandes edifícios. Que fazem uma moldura desmedida para as construções de vidro e metal por onde o metro aéreo serpenteia ao nível do olhar. É uma terra onde praticamente ninguém circula pelas ruas, com a população concentrada nos imensos e luxuosos shoppings. Que são perto de cinquenta.

A regra em Dubai é o dinamismo e a imensidão dos projetos. Como cidade mais importante dos Emirados Árabes, está dobrando de tamanho para sediar a Exposição Universal de 2020. O segundo aeroporto está pronto, uma Ópera está em construção, assim como o bairro-design – Downtown – que já surge no horizonte.

Por enquanto Dubai tem 2 milhões de habitantes. O crescimento acelerado foi interrompido pela crise de 2008, que afinal não teve grandes consequências. A cidade-estado não se contenta apenas em ser pólo de destino turístico e primeiro destino mundial de compras, com seus 17 milhões de visitantes.

Dubai quer agora ser também um setor de Cultura. E os Emirados Árabes já fizeram a divisão de atrações: Abu Dhabi terá filiais dos grandes museus – Guggenheim, Louvre e outros – e em Sharjah vai acontecer a Bienal, tentativa de explorar o novo terreno. Em Dubai o cenário será artístico, com galerias de arte, feiras, desenvolvendo o mercado de arte, cada dia mais promissor.

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O calor e o sol do deserto fazem necessária a passarela coberta para a Expo

Em março Dubai acolheu a 8ª edição de Art Dubai, recebendo pela primeira vez a participação de grandes galerias internacionais. E consolida a centralização do mercado, na encruzilhada entre o Oriente Médio, Ásia, Índia e África do Norte. Os jovens estão se encarregando de formar galerias pioneiras, uma espécie de Meatpacking District de Nova York, nas areias do deserto.

Até o Natal os espaços deverão dobrar, com novos entrepostos dedicados ao design, coffee shops, um novo mundo arty. Aos poucos a censura vai deixando de reter na alfândega – ou mesmo de destruir – as obras mais ousadas, por causa do conteúdo sensual. Algumas galerias já expõem, timidamente, telas ou esculturas de bustos nus. É um clima de boemia chique que começa a chegar, junto com as tempestades de areia. A 9ª. edição da Feira de Arte de Dubai está com data marcada: de 18 a 21 de março de 2015.

NOVOS EVENTOS
Entre 14 e 16 de janeiro de 2015, o francês Jack Lang vai comandar um evento em Dubai e Abu Dhabi – La Société Anonyme – fórum de pensadores, personalidades internacionais, empreendedores, artistas, pesquisadores políticos e estudantes. Com o objetivo de discutir e apresentar novos projetos sobre arte, educação, novas energias, desafios na arquitetura, futuro da água. Cada apresentador terá 4 minutos para tentar convencer o júri, quando seis projetos serão aproveitados, acompanhados por personalidades como Jean Nouvel (Instituto do Mundo Árabe em Paris), Philippe Starck, Abdulah al Thani, na descoberta de futuros líderes. Saiba mais no www.imarabe.org