ÉDER FANTONI, ENVIADO ESPECIAL
PIPELINE, HAVAÍ – Especialista em ondas gigantes, Maya Gabeira, 27, elencou vários fatores para o título do paulista Gabriel Medina, 20, que se tornou na sexta-feira (19) o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, na praia de Pipeline, no Havaí.
“É muito talento, foco, garra brasileira, que é diferente de australianos e americanos, um olhar dos patrocinadores, investimento e uma boa estrutura. Tem ainda a parte da família, o padrasto dele sempre acreditando….”, disse Maya.
“Medina estava no lugar certo e na hora certa”, afirmou.
O surfista, que terminou o ano na liderança do ranking Mundial, com 62.800 pontos, sempre contou com o apoio da família. Viaja sempre com o seu padrasto que também é o seu técnico, Charles, e, sempre quando é possível, está acompanhado da sua mãe, Simone.
“Isso de família é uma tendência do profissionalismo que a gente vê no esporte. E o surfe exige muito do atleta, que realmente precisa de um suporte. E o Gabriel tem isso”, disse Maya.
Para a surfista, o sucesso de Medina abre muitas portas para a modalidade no Brasil.
“Quando temos um ídolo forte como ele se tornou, o esporte tende a crescer muito. Agora, vamos ter mais apoio, incentivo, dinheiro. Isso é bom para as novas gerações. Vai dar mais oportunidade”, afirmou Maya.