A participação do Paraná na criação de empregos formais no Brasil amentou em 2014. O Estado foi responsável por 10,3% das vagas criadas em todo o país, resultado 2,2 pontos porcentuais maior que o registrado em 2013.

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, foram criados no Paraná, de janeiro a dezembro do ano passado, 41.012 novos postos de trabalhos com carteira assinada. Do total, 90% foram para o interior do Estado.

O número é resultado do registro de 1.602.462 admissões e 1.561.450 desligamentos. Com este desempenho, o Paraná ficou na quinta posição no ranking dos estados que mais criaram postos de trabalho com carteira assinada no ano passado.

DESACELERAÇÃO – Assim como em todo o País, o Paraná também registrou uma desaceleração no ritmo de crescimento de empregos formais em 2014. O crescimento no ano passado foi 54,6% menor que o crescimento verificado em 2013.

Conforme dados do Caged, a desaceleração no Estado foi menor que a verificada no Brasil, cujo crescimento no número de empregos formais 65% menor que em 2013.

A redução do ritmo de crescimento de empregos formais foi generalizada em todo o Brasil e se deve às condições macroeconômicas, à retração da economia, afirma o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), Júlio Takeshi Suzuki Junior.

O aumento na participação dos empregos do País mostra que a desaceleração do mercado de trabalho foi menos acentuada no Estado, afirma.

NO INTERIOR – O presidente do Ipardes também ressalta o desempenho do interior, que ficou com 90% das novas vagas criadas no Paraná, no ano passado. Esse dado é importante e muito positivo, afirma Júlio.

Para a secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social em exercício, Letícia Raymundo, o índice é reflexo das políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades regionais adotadas pelo Governo do Estado.

SEGMENTOS – Os segmentos que mais se destacaram positivamente na geração de empregos formais em 2014 foram os de serviços e comércio, com saldos de 32.050 e 13.507 vagas preenchidas, respectivamente.

A construção civil foi responsável por 3.219 empregos. Por outro lado, a indústria de transformação do Estado eliminou 8.231 vagas, em razão da desfavorável condição do setor manufatureiro brasileiro, que vem contabilizando sucessivos declínios dos níveis de produção.