Em termo de declaração prestado à Polícia Federal, o policial Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de trabalhar no delivery da propina montado pelo doleiro Alberto Youssef, disse que transportou dinheiro a mando do lobista Fernando Antônio Falcão Soares, acusado de ser o operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobrás, alvo da Operação Lava Jato.
Careca, como é conhecido o agente federal que trabalhava para Youssef, revelou que entregou e retirou valores na sede de uma empresa que integra o rol de investigadas pela Lava Jato por pagarem propina a agentes públicos e políticos, em troca de contratos da estatal petrolífera.
O Fernando Baiano me pediu para pegar um dinheiro na empresa Tomé Guindaste, que fica em São Bernardo do Campo, acho que fui umas duas vezes lá. Não me recordo se fui pegar dinheiro duas vezes ou se fui pegar dinheiro uma vez e levar em outra, afirmou Careca, em depoimento prestado no dia 18 de novembro à PF.
O acusado apontou ainda o nome de uma pessoa que teria entregue dinheiro para levar para o operador do PMDB . Na empresa (Tomé) falei com uma pessoa que acho que se chama Laércio. Peguei o dinheiro com o Laércio Tomé e entreguei para o Fernando Baiano
Fernando Baiano foi denunciado pelo Ministério Público Federal em dezembro do ano passado e está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR), base da operação. Em resposta à acusação apresentada a Justiça Federal do Paraná, a defesa de ‘Baiano’ pede a anulação dos acordos de delações premiadas feitos até o momento.