JAIRO MARQUES
SÃO PAULO, SP – Os cerca de 300 blocos cadastrados pela Prefeitura de São Paulo vão poder se manter nas ruas da cidade até às 22h. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana irão dispensar os foliões que se aglomerarem em pontos estratégicos até 0h.
De acordo com a Secretaria Municipal da Cultura, a organizadora do evento, são esperadas até 2 milhões de pessoas nas ruas da capital paulista durante os dias de Carnaval. A região de Pinheiros, com 67 blocos, e a região central da cidade, com 86 blocos, são consideradas as mais “críticas” e terão atenção especial.
A prefeitura vai investir R$ 4 milhões na festa, que terá patrocínio de R$ 500 mil da Caixa Econômica Federal, que está autorizada a colocar publicidade em pontos determinados da cidade.
Cerca de 6.000 banheiros químicos (172 deles para pessoas com deficiência), 50 ambulâncias, 2.400 agentes de limpeza e 900 agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) irão dar suporte aos blocos.
Para tentar minimizar o impacto de foliões na Vila Madalena, que após o desfile continuam a folia nos bares, nos dias 7 e 8 de fevereiro, quando o maior número de blocos é previsto nas ruas, haverá um “Baile da Batata”, bancado pelo poder público no Largo da Batata.
A restrição de horários também foi criada para tentar evitar transtornos a moradores. Os bares terão de respeitar a “Lei do Psiu” e poderão ficar abertos, nas regiões mais críticas, até 1h. Na próxima quarta-feira (4), o Ministério Público de São Paulo fará uma reunião com a prefeitura e representantes do bairro Vila Madalena para analisar as medidas.
A CET irá proibir o estacionamento de carros em diversas ruas durante a passagem dos foliões e afirma que irá acompanhar todos os grupos cadastrados.
Toda a água utilizada para limpar as ruas durante o Carnaval, segundo a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), será de reúso e 200 equipamentos serão utilizados.
Para o vereador Nabil Bunduki (PT), que assume como secretário da Cultura na semana que vem, “o Carnaval não vai aumentar o consumo de água. É fora de propósito achar que vai afetar algo”.
Segundo ele, mesmo com a chegada de foliões de outros lugares do Brasil para a festa de São Paulo, não haverá um impacto significativo na rotina da cidade em relação ao uso da água.
A prefeitura informou que vai fazer campanhas de conscientização para o uso adequado da água e que alertou os responsáveis pelos blocos para que alertem seus membros do desperdício.