GABRIELA GUERREIRO E MARIANA HAUBERT BRASÍLIA, DF – Os 27 senadores eleitos em outubro do ano passado tomaram posse neste domingo (1) para cumprirem mandatos de oito anos, que terminam em 2023. Os demais 54 senadores, eleitos em 2010, têm mais quatro anos de mandato ao lado dos novos congressistas. Como determina a Constituição Federal, o Senado renova em 2015 apenas um terço de suas cadeiras. Os outros dois terços serão substituídos nas eleições de 2018. Presidente do Senado e candidato à reeleição, Renan Calheiros (PMDB-AL) presidiu a sessão. O senador mais antigo da Casa, José Maranhão (PMDB-PB), fez o juramento em nome dos novos congressistas. Acompanhados de familiares, que lotaram as galerias do plenário, os 27 novos senadores foram chamados nominalmente e prometeram respeitar e cumprir a Constituição durante o mandato, seguindo o juramento. Renan fez um rápido discurso para saudar os novos senadores e disse que a Casa é responsável por construir a “unidade nacional”. Em campanha para ser reeleito presidente do Senado, Renan desejou um “vibrante mandato” para os congressistas. “O Brasil nasceu no Senado Federal. Todos os historiadores são uníssonos em dizer que a unidade nacional foi construída aqui no Senado. O povo concedeu a honra e o orgulho de pertencer a esta Casa, fazendo parte da história do Brasil”, disse Renan. Vários senadores foram reeleitos, como Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Álvaro Dias (PSDB-PR), o senador proporcionalmente mais votado do país. Kátia Abreu se licenciou do Ministério da Agricultura para assumir seu mandato no Senado, mas vai entregar o pedido de afastamento logo após a posse para retornar ao ministério ainda nesta semana. O ex-governador José Serra (PSDB-SP), empossado nesta tarde, vai integrar a bancada de São Paulo no Senado ao lado dos já senadores Marta Suplicy (PT) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) -ambos com mandato de mais quatro anos. Os senadores escolhem ainda neste domingo no novo presidente da Casa. Além de Renan, o peemedebista Luiz Henrique da Silveira (SC) está na disputa pelo cargo. Também serão escolhidos os demais membros da Mesa Diretora do Senado. BANCADAS O PSB foi o partido que ganhou proporcionalmente o maior número de cadeiras no Senado nas eleições de outubro. O partido passa de três para seis vagas na Casa a partir de 2015, um crescimento de 100% em relação à bancada de 2010. Apesar do crescimento, o PSB está longe de ameaçar a hegemonia do PMDB, sigla que permanecerá com o maior número de senadores: 19 no total. O PT seguirá como segundo maior partido na Casa, com uma bancada de 13 senadores em 2015 -um a menos que nas eleições de 2010. Na nova composição do Senado, o PSDB permanecerá como a terceira maior bancada, com 10 senadores no total -o mesmo tamanho das eleições de 2010. Os tucanos conseguiram eleger nomes históricos da sigla, como Serra, Antonio Anastasia (MG), Tasso Jereissati (CE) e Álvaro Dias (PR). Tasso, escolhido por 2,3 milhões de eleitores, volta ao Senado após deixar a Casa em 2010 como uma das principais vozes da oposição a Lula. Serra desbancou Eduardo Suplicy (PT). No Rio, Romário (PSB) também se elegeu com mais de 63% dos votos. O Rio Grande do Sul elegeu o jornalista Lasier Martins (PDT) ao Senado, que ficou conhecido após levar um choque durante um reportagem. Veja os senadores empossados neste domingo: Acre: Gladson Camelli (PP) Alagoas: Fernando Collor (PTB) Amazonas: Omar Aziz (PSD) Amapá: Davi Acolumbre (DEM) Bahia: Otto Alencar (PSD) Ceará: Tasso Jereissati (PSDB) Distrito Federal: Reguffe (PDT) Espírito Santo: Rose de Freitas (PMDB) Goiás: Ronaldo Caiado (DEM) Maranhão: Roberto Rocha (PSB) Mato Grosso: Wellington Fagundes (PR) Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB) Mato Grosso do Sul: Simone Tebet (PMDB) Pará: Paulo Rocha (PT) Paraíba: José Maranhão (PMDB) Paraná: Álvaro Dias (PSDB) Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho (PSB) Piauí: Elmano Férrer (PTB) Rio de Janeiro: Romário (PSB) Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT) Rio Grande do Sul: Lasier Martins (PDT) Rondônia: Acir Gurgacz (PDT) Roraima: Telmário Mota (PDT) Santa Catarina: Dário Berger (PMDB) São Paulo: José Serra (PSDB) Sergipe: Maria do Carmo (DEM) Tocantins: Kátia Abreu (PMDB)