O atacante Everton Costa, que tem contrato com o Coritiba até julho deste ano, irá abandonar os gramados. Afastado do futebol desde abril de 2014 por um diagnóstico de arritmia cardíaca, o jogador de 29 anos foi forçado pelos médicos a encerrar a carreira, segundo anúncio feito pelo agente Jorge Machado nesta quarta-feira (11).
Segundo afirmou Machado durante o programa Arena Sportv, uma doença de Chagas foi descoberta ainda em 2013, quando o jogador estava atuando pelo Santos. Agora, ele deverá se dedicar a trabalhos administrativos no escritório do empresário, em Porto Alegre.
Ele teve uma carreira exemplar, desde os 15 anos que está comigo, mas infelizmente aconteceu isso com ele praticando o que ele mais tinha de prazeroso na vida. Estamos tratando o caso juridicamente com o Coritiba, que dá o maior apoio. Foi um jogador que atuou em clubes médios e quando conseguiu alcançar o grande contrato de sua vida, aconteceu isso, lamentou Machado.
O empresário ainda agradeceu ao Coritiba e ao Vasco pelo apoio e criticou o Santos, que teria escondido o problema. Em primeiro lugar, quero agradecer todo o carinho do Vasco, da antiga e da atual diretoria, e que o Coritiba está dando ao Everton, já que está com ele desde os 17 anos. Era um super atleta, fez parte de times que montei no Internacional, Caxias, Coritiba e no próprio Santos. Infelizmente aconteceu isso com ele por uma doença de Chagas detectada na época que ele estava no Santos e que não foi repassada para as pessoas, não foi dito, foi ‘segurado’ pelo corpo técnico do Santos. Depois, quando ele teve esse problema no Vasco, o corpo médico do Santos comunicou ao Vasco que tinham detectado já essa doença que ele teve. Infelizmente o Everton não tem mais condição de continuar, até pela saúde dele, afirmou.
A última partida disputada por Everton foi em 16 de abril do ano passado, quando o Vasco venceu o Resende por 1 a 0 pela Copa do Brasil. Na ocasião, o jogador se sentiu mal no começo do segundo tempo, foi atendido em campo e após seis dias de internação, passou por uma cirurgia para implantar um desfibrilador no peito.
