SÃO PAULO, SP – O juiz federal Daniel Rafecas rejeitou a denúncia apresentada perante à Justiça pelo promotor Alberto Nisman, encontrado morto em 18 de janeiro, contra a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e outros funcionários e autoridades kirchneristas, informou nesta quinta-feira (26) o jornal “Clarín”. Nisman os havia acusado de encobrir os supostos responsáveis iranianos pelo ataque à entidade judaica Amia, que deixou 85 mortos em 1994.

A denúncia foi apresentada em 14 de janeiro, quatro dias antes de sua morte. Altas fontes judiciais informaram ao “Clarín” a decisão do juiz, mas não esclareceram quais são seus argumentos. Em 13 de fevereiro, o promotor Gerardo Pollicita formalizou a acusação contra a presidente, o chanceler e aliados políticos no inquérito em que Nisman trabalhava.

O processo penal argentino é diferente do brasileiro. Nessa etapa, o promotor informa à Justiça que vê consistência nas acusações e se propõe a reunir provas. Os citados ainda não são réus. No Brasil, seria uma espécie de indiciamento.